CASO MARIELLE

Brazão é transferido para presídio federal em Campo Grande

Deputado federal carioca foi acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes

27 MAR 2024 • POR Redação CBN-CG • 13h15
Deputado federal Chiquinho Brazão, expulso do União Brasil-RJ - Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados

O deputado federal Francisco Brazão (expulso do União Brasil-RJ), vai cumprir prisão preventiva no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande, para onde foi transferido na quarta-feira (27), vindo da penitenciária da Papuda, no Distrito Federal.

Acusado de ser um dos mandantes da execução da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista dela, Anderson Gomes, em 2018, Chiquinho Brazão teve o nome revelado na delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou ser o autor dos disparos.

Lessa também cumpre pena no presídio federal de Campo Grande e apontou Chiquinho e o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, como os mandantes dos assassinatos. O ex-PM teve a delação homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), há pouco mais de uma semana.

Na época do crime, Marielle e Chiquinho eram colegas de bancada na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e divergiam sobre projetos de regularização fundiária. Chiquinho Brazão vai permanecer isolado do contato com familiares e outros internos por 20 dias, conforme regras do sistema prisional. 

Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande. No detalhe, Chiquinho Brazão.

Somente os advogados terão acesso ao preso nesse período. Ele e Lessa serão mantidos em alas distintas, mas, nos próximos dias,  Lessa deverá ser encaminhado para outra unidade prisional. 

O irmão de Chiquinho, Domingos Brazão foi transferido para o presídio federal em Porto Velho. Já o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio, acusado de articular o crime, permanece preso em Brasília. 

 

Caso

A vereadora Marielle Franco foi assassinada na noite de 14 de março de 2018, após participar de um encontro no Instituto Casa das Pretas, no centro do Rio de Janeiro. O carro em que ela se deslocava era conduzido pelo motorista Anderson Gomes, que também foi alvejado, após perseguição e sucessivos disparos que teriam sido efetivados por Ronnie Lessa.

O ex-policial militar acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser o executor ainda aguarda julgamento mas permanece preso desde 2019, condenado por outros crimes como contrabando de armas de fogo.