Nível de água na Lagoa Maior está 20 cm abaixo do ideal

Secretaria do Meio Ambiente irá iniciar trabalho para esvaziar as caixas de contenção no entorno do local

8 SET 2012 • POR Danilo Fiuza/JP • 09h41
Sistema de bombeamento das lagoas está quebrado

A escassez de chuva em Três Lagoas tem afetado o nível de água da Lagoa Maior, que está 20 centímetros abaixo do ideal. Outro fator que contribui para esse problema é que o sistema de bombeamento que faz a sucção da água da 2ª Lagoa para a Lagoa Maior não está funcionando. O secretário do Meio Ambiente, José Estevão, disse que tomou conhecimento do não funcionamento da bomba nesta semana, mas que a manutenção estaria sendo providenciada.

De acordo com o secretário, uma medida paliativa será jogar 70 centímetros de água da 2ª Lagoa para a Lagoa Maior, que ficaria com 15 centímetros a mais. “Essa seria uma medida paliativa para melhorar o ambiente da Lagoa Maior. Com o nível mais elevado, melhora a decantação e oxigenação do local. Mas, a falta de chuva tem uma coisa interessante, porque não entra material orgânico na lagoa”, comentou.

Conforme explicou o secretário, a 2ª Lagoa tem uma profundidade maior do que a Lagoa Maior, porém, ela também está com o nível de água baixo. “Em razão do assoreamento, está havendo o entupimento da tubulação e isso atrapalha o bombeamento de água da para a Lagoa Maior”, esclareceu.

Nos próximos dias, a Secretaria do Meio Ambiente irá iniciar um trabalho para esvaziar as caixas de contenção no entorno da Lagoa Maior. Segundo José Estevão, esse é um serviço de prevenção para que, quando chegar o período de chuvas, as lagoas de contenção tenham capacidade para comportar as águas pluviais.

“As pessoas poderão estranhar o fato de as lagoas de contenção ser esvaziadas, mas isso é importante para evitar que as águas das chuvas venham diretamente para a lagoa, evitando assim o assoreamento do local”, ressaltou.

Em relação às macrofitas, o secretário informou que algumas foram retiradas, pois é importante manter uma quantidade mínima para não prejudicar o oxigênio da água. “A manutenção é importante para que se mantenha um ambiente aceitável no local”, frisou.

José Estevão adiantou que a intenção da Secretaria do Meio Ambiente é criar uma comissão, formadas por técnicos, entre outros membros da comunidade, interessados na preservação da Lagoa Maior, para discutir e tratar de assuntos relacionados ao local.

Uma das questões que deve ser discutida com a população é referente ao Plano de Manejo, elaborado pela Universidade Federal, o qual recomenda uma série de medidas a serem implantadas no local.

“Tem que ser discutida a situação dos animais na lagoa, se vai haver a retirada deles ou não do local, já que o plano recomenda a não criação de gansos e capivaras na lagoa. É uma série de fatores que precisam de decisões. Se não for criada essa comissão, não conseguiremos sair do lugar”, salientou.