Atividade econômica tem em julho o maior crescimento em 15 meses e consumidor volta a mostrar confia

A recuperação da indústria e o setor externo estimularam a atividade econômica brasileira em julho

25 SET 2012 • POR Redação • 10h30

 A recuperação da indústria e o setor externo estimularam a atividade econômica brasileira em julho, quando foi registrado crescimento de 0,4%, na comparação com o mês anterior, já descontadas as influências sazonais (temporárias). Este resultado no primeiro mês do segundo semestre de 2012 representa a maior taxa de expansão mensal dos últimos 15 meses, segundo informou nesta segunda-feira (24) a Serasa Experian – instituição criada em 1968 pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), para padronizar e acompanhar os dados do sistema financeiro do País.


Segundo os economistas da Serasa Experian, “o resultado da atividade econômica de julho é um sinal de que as medidas pró-crescimento adotadas pelo governo (como as sucessivas reduções da taxa básica de juros e as isenções fiscais em determinados setores) começam a produzir impactos mais significativos sobre o ritmo de crescimento econômico”.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (julho de 2011), houve expansão de 1,6%, a maior taxa de crescimento interanual desde novembro do ano passado. Já no período de janeiro a julho de 2012, o crescimento da atividade econômica brasileira acumulou 0,8%.

De acordo com a pesquisa, do ponto de vista da oferta, o resultado observado em julho foi puxado pelo crescimento de 2,6% da atividade industrial, recuperando-se da queda de 2,1% registrada no mês anterior. Também a alta de 0,5% na atividade do setor de serviços contribui para o crescimento da atividade econômica em julho. Pelo lado da demanda, as exportações de bens e serviços cresceram 3,6% e foram o destaque deste primeiro mês do segundo semestre de 2012.

Consumidor volta a ficar confiante

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) também mostrou recuperação no segundo semestre. Segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas nesta segunda-feira, o índice subiu 1,4% em setembro, em relação a agosto, passando de 120,4 pontos para 122,1 pontos.

Em agosto, o índice havia recuado 1% na comparação com julho. Já o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,2%, passando de 133,5 pontos em agosto para 136,4 pontos em setembro. Enquanto o Índice de Expectativas avançou 1,8% (de 113,0 pontos para 115,0 pontos).

O indicador que mede a satisfação dos consumidores em relação à situação econômica local interrompeu uma série de quatro quedas seguidas e subiu 2,2% em setembro, passando de 101,0 para 103,2 pontos. O percentual de consumidores que avaliam a situação como boa aumentou de 23,9% em agosto para 24,5% em setembro. E o dos que consideram a situação ruim diminuiu de 22,9% para 21,3%.