Público presente na 27ª Festa Folclore supera expectativas

Durante os quatro dias de festa, o local recebeu cerca de 24 mil visitantes, com uma média diária de 6 mil pessoas

30 OUT 2012 • POR Divulgação • 09h20

Com portões abertos, a 27ª Festa do Folclore realizada no Parque de Exposições “Joaquim Marques de Souza” foi uma opção de lazer para a comunidade de Três Lagoas e região, neste fim de semana. Durante os quatro dias de festa, o local recebeu cerca de 24 mil visitantes, com uma média diária de 6 mil pessoas. O espaço contou com 57 barracas, entre comidas típicas e artesanatos, pertencentes a instituições assistenciais.
Na avaliação da diretora de Cultura, Vickie Vituri, a festa foi ótima. Os shows com a dupla Belmonte & Amarai e do cantor Moacyr Franco foram o ápice da festa. O 1º Festival Sertanejo Difusora foi uma novidade que agradou. Participaram 17 duplas das cidades de Três Lagoas; Inocência; Água Clara e Castilho/SP. “A atração agradou tanto que ano que vem vamos repetir a dose. Este festival permitiu uma integração entre os cantores de músicas raízes, e com o público”, pontuou.

Moacyr
O compositor, cantor, ator e humorista, Mocyr Franco, falou com a equipe de reportagem do Jornal do Povo, no último domingo, no saguão do Hotel Real, quando veio até Três Lagoas para cantar na 27ª Festa do Folclore.
Bem humorado, simpático, o profissional de 76 anos que começou a trabalhar em rádio aos 15 fez uma comparação entre o rádio antes e hoje.
Na visão de Moacyr Franco, o rádio antigamente era um veículo completo com enfoque ao jornalismo, novela, música, humor, ou seja, tinha espaço para todos os profissionais. “O ouvinte tinha opção de escolha”. Para ele, hoje, as rádios têm a programação direcionada para a juventude. “Tanto os artistas como o público acima de 60 anos estão desamparados. Não sou contra os hits do momento, porém é necessário ter espaço para todos os estilos musicais”,
Atualmente, o artista faz a média de oito shows por mês. Ele conta que reduziu o número de apresentações por conta da idade. Porém, ele consegue agradar desde as crianças até os velhinhos. Na verdade, é um artista completo, muito experiente. E contou que, recentemente, foi se apresentar em uma cidade do interior paranaense, ele não lembrou o nome do local. De última hora, foi convidado para cantar no lugar do roqueiro Lobão. “Pensei comigo: aqui só tem moçada, mas brinquei, me apresentei e foi um dos melhores shows da minha vida. A turma interagiu e gostou da minha música. É isso que precisa acontecer com mais frequência. O jovem deve ter a oportunidade de ouvir cantores da velha guarda. Não é necessário curtir, mas precisa conhecer”, frisou.
“Só canto com orquestra. Meus shows têm de duas a três horas de duração. Nunca fiz playback. Sou um cantor a moda antiga”, é assim que Mocyr se define.