Comerciantes esperam faturar ainda mais com as trocas de presentes natalinos

Durante as trocas de presentes, alguns clientes acabam levando outro produto para casa

28 DEZ 2015 • POR Tatiane Simon • 12h26
Claudio Pereira/JP

Passado o Natal, época em que os comerciantes de todo o país esperam alavancar o volume de vendas, as ruas centrais de Três Lagoas, onde há a maior concentração de lojas da cidade, ficam cheias novamente. Mas agora, porque aqueles que não gostaram do presente que ganharam na data, vão às trocas.

A reportagem do JPNEWS foi às ruas e das cinco lojas consultadas, todas têm o mesmo prazo para que a troca seja efetuada, que é de cinco dias úteis mediante apresentação de nota fiscal.

Com esta movimentação nas lojas de Três Lagoas, os comerciantes esperam emplacar ainda mais vendas. “Antes do Natal o vendedor quer é vender, é claro, mas ele não pode se esquecer que na semana seguinte ele atenderá o cliente que vem para trocar. E a troca pode resultar em quase todas as vezes em uma nova venda. Mas para isso ocorrer, o vendedor tem que se mostrar empenhado no atendimento”, conta Rosalva Teixeira, que é vendedora há 15 anos e sabe bem a importância que o bom atendimento tem na hora de uma troca.

Fabieli Soares da Silva, vendedora de uma loja de departamentos da cidade, concorda. “Talvez o consumidor não tenha dinheiro naquele momento para comprar outra coisa, mas não se importa em desembolsar uma quantia a mais para levar outro produto no lugar daquele que ganhou”, pontua. A paulista Cibele Barbosa, veio de Cotia (SP) passar as festas de fim de anão na cidade, e é um exemplo deste tipo de cliente. “Minha sogra deu uma roupa que não agradou minha filha, de 12 anos, e vim trocar. Deixei-a a vontade para escolher a roupa que quiser. Não vou me importar em ter que pagar um pouco a mais por outro produto que a agrade, né?”, revelou.

Barbosa foi à loja acompanhada, além da filha, do marido e ao JPNEWS contou que pretendia aproveitar a ocasião para comprar uma bolsa para ela. “Gostei dos preços e estou mesmo precisando de uma bolsa nova [risos]”.

Cristina Gomes, estagiária, aproveitou as primeiras do comércio aberto e garantiu a troca do par de sandálias da filha, de 4 anos. “O padrinho dela errou na numeração. Como minha filha adorou o presente, não queria ter a infelicidade de vir e não encontrar mais esta sandália”, conta.

VENDAS

A proprietária de uma loja de calçados, Claudia Shimizu, avalia o fim de ano como o período mais importante do ano para o comércio. Dezembro é conhecido como o mês em que os brasileiros mais gastam com presentes para casa, amigos e familiares. Na avaliação da empresária este foi o mês com melhor volume de vendas. “O ano foi fraco para vendas, mas felizmente o Natal foi a melhor data do ano. Se comparado com o ano passado, as vendas foram menores”, avalia.

A vendedora Fabieli acredita que o pós Natal ainda é tempo de tentar vender. “Tem muita gente que prefere gastar agora porque as lojas estão mais vazias e as possibilidades de descontos são maiores”.