Construção civil segue aquecida em Três Lagoas apesar da crise

Em média, prefeitura emite dois alvarás de construções por dia para obras residenciais e de empresas

30 JAN 2016 • POR Ana Cristina Santos • 11h30
Pintor de paredes trabalha em imóvel novo; autorizações de obras seguem ritmo da média de 2014 - Claudio Pereira/JP

Apesar da situação econômica do País, o setor da construção civil segue aquecido neste início de ano em Três Lagoas. Em janeiro, a prefeitura da cidade emitiu 40 alvarás de construções comerciais e residenciais. No ano passado, foram 795. Os números equivalem a uma média de quase duas autorizações emitidas por dia na cidade.

De acordo com a responsável pelo Departamento de Fiscalização de Obras da prefeitura, Thaís Cristina Ferreira Moreira, houve uma pequena diminuição em relação ao número de alvarás para imóveis financiados, em razão de novas exigências das instituições financeiras. Mesmo assim, considera bom o número de construções liberadas.

“Em razão dessa crise, achávamos que poderia cair à procura, mas não segue em bom ritmo”, disse.

O número de construções na cidade pode ser maior porque muitas pessoas tocam obras sem autorização obrigatória. “Eles procuram o setor para regularizar depois, ou quando os fiscais fazem o trabalho de fiscalização e notificam os proprietários para providenciar a regularização”, comentou.

Para o empresário do ramo imobiliário, Antônio Alves de Souza, continua rentável investir neste setor em Três Lagoas, em razão da valorização do imóvel, principalmente em relação ao aluguel, maior que o valor praticado em Campo Grande, por exemplo.

O preço do metro quadrado de um imóvel em Três Lagoas, segundo o empresário vai de R$ 1.200 R$ 4 mil. “Essa valorização imobiliária em Três Lagoas faz com que a construção civil continue aquecida. É claro que houve uma desaceleração em todo o País, mas em Três Lagoas, este é um setor que compensa investir, porque ainda tem boa procura e valorização”, destacou.

Em relação à quantidade de imóveis em construção, o empresário acredita que seja o dobro dos alvarás emitidos pela prefeitura, porque há edificações de porte médio em andamento em loteamentos sem a documentação. Ainda de acordo com ele, apesar das exigências, muitos imóveis foram construídos através de financiamento do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.