Investigação

PF lança nova fase da Operação Lama Asfáltica com 15 mandados de prisão

Investigados terão bens sequestrados e serão levados para a carceragem da PF em Campo Grande

10 MAI 2016 • POR Valdecir Cremon • 08h36
Agentes estão em casas e apartamentos de políticos e empresários em 3 Estados - Arquivo/JP

A Polícia Federal, Controladoria Geral da União e a Receita Federal lançaram na manhã desta terça-feira (10) a 2ª fase da Operação Lama Asfáltica - Fazendas de Lama, em referência a procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão temporária, bem como 24 mandados de sequestro de bens de investigados em Campo Grande e Rio Negro (MS), Curitiba e Maringá (PR), Presidente Prudente e Tanabi (SP).

Participam da operação 201 policiais federais, 28 agentes da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal.

Durante a primeira fase da Operação, cujas investigações iniciaram-se em 2013, foi constatada a existência de um grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturaram obras contratadas com a administração pública, mediante a prática de corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos. 

Nesta fase, após a análise dos materiais apreendidos na  primeira Operação Lama Asfáltica, novas fiscalizações realizadas pela CGU e Relatórios da Receita Federal, verificou-se fortes indícios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, inclusive decorrentes de desvio de recursos públicos federais e provenientes de corrupção passiva, com a utilização de mecanismos para ocultação  de tais valores, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie.

A organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais, atua  no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.

Os presos serão encaminhados para a Superintendência da PF em Campo Grande/MS, bem como os materiais objetos das buscas e apreensões. (Com informações da Polícia Federal)