Cuidado!

Tabagismo aumenta entre a população mais jovem

'Não tem nada de bom nisso', afirma especialista em doenças pulmonares

6 AGO 2016 • POR Beatriz Rodas • 19h00
Fumar continua entre os hábitos mais prejudiciais à saúde, especialmente por períodos prolongados e acompanhados de enfermidades - Arquivo/EBC

Desde o final da década de 1980, a gestão e a governança do controle do tabagismo no Brasil vêm sendo articuladas pelo Ministério da Saúde através do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que inclui as ações do Programa Nacional de Controle do Tabagismo. 

Apesar do índice de fumantes ter diminuído entre a população em geral - de 15,6% para 10,8% em 10 anos, aumentou entre os jovens. Segundo o pneumologista três-lagoense Michel Thomé Junior “em cada cigarro há mais de 4,5 mil substâncias tóxicas, nocivas ao corpo humano, como nicotina e o monóxido de carbono, que causam mais lesões ao nosso organismo, tanto a nível pulmonar quanto a nível sistêmico – que vai para a corrente sanguínea e atinge outros órgãos – por isso causa a dependência, se o dependente para de fumar, o nível de nicotina no sangue diminui, e o cérebro envia uma mensagem para que o paciente fume mais uma vez, para aumentar o nível de nicotina que ele já está acostumado”.

“O jovem começa a fumar e não sente os malefícios do cigarro, ele visa demonstrar maturidade, sua postura social. Espero que esse índice continue caindo aqui no Brasil para que todos os jovens cresçam saudáveis, e não componham uma sociedade doente. Enfisema pulmonar, asma, bronquite, maiores chances de infarto, câncer e trombose são alguns dos problemas causados pelo tabagismo. Não tem nada de bom nisso”, finaliza o médico.