Manifestação

Comissão de trabalhadores cobra lisura em processo de contratação

Trabalhadores querem que vagas de emprego sejam disponibilizadas pelo Ciat

16 AGO 2016 • POR Ana Cristina Santos • 17h30
Uma comissão de trabalhadores compareceu na sessão da Câmara de Vereadores - Ana Cristina Santos/JP

Uma comissão de trabalhadores compareceu na sessão desta terça-feira (16) na Câmara de Vereadores de Três Lagoas para protestar e pedir a intervenção do Legislativo e Executivo no processo de contratação de trabalhadores por parte das empresas de celulose que estão ampliando suas fábricas na cidade.

Representando a comissão dos trabalhadores e integrante da Central Sindical, o professor de História da Universidade Federal (UFMS), Vitor Vagner de Oliveira Neto, usou a tribuna para falar do que vem ocorrendo em Três Lagoas em relação a esse processo de contratação e o que eles esperam para resolver essa situação.

De acordo com o professor, os trabalhadores querem lisura no processo de contratação e que as vagas sejam disponibilizadas através da Casa do Trabalhador, o antigo Ciat, e não pelas empresas terceirizadas.

Após filas e trabalhadores dormindo em frente à agência pública de emprego, no mês passado, a direção da Casa do Trabalhador anunciou que as vagas para as obras de ampliação das fábricas seriam divulgadas e disponibilizadas pelas próprias empresas e não mais pelo antigo Ciat.

A comissão de trabalhadores entende que as vagas têm que ser disponibilizadas pela a agência pública de emprego. “Estamos pedindo lisura na contratação, que os trabalhadores passem pelo processo de seleção e que sejam admitidos ou não, com justificativa dos motivos. E essas contratações devem ser feitas pelo Ciat, porque os trabalhadores não podem ficar rodando pela cidade, indo nessas empresas para saber se tem vagas, sem condições de transporte e alimentação. O Ciat está abrindo mão de sua responsabilidade e do seu papel que é a seleção de trabalhadores”, comentou o professor.

Ainda segundo reclamação da comissão, empresas estão trazendo ônibus lotado de trabalhadores já contratados para trabalhar na cidade, enquanto isso existem trabalhadores de Três Lagoas, bem como de outros estados, aguardando na fila de espera pela contratação. “Essas empresas recebem benefícios fiscais para instalação na cidade. Portanto, o Estado e Município têm obrigação de cobrar lisura das empresas nesse processo de contratação. Estamos cobrando também que a Câmara fiscalize se a lei que prevê a contratação de 40% da mão de obra local está sendo cumprida”, destacou o professor.