Desafios do próximo prefeito

Diretor do Hospital Auxiliadora espera ajuda do próximo prefeito

Futuro prefeito de Três Lagoas terá o desafio de ajudar a melhorar o atendimento no Auxiliadora

20 AGO 2016 • POR Ana Cristina Santos • 13h19
Eduardo Otoni é o diretor administrativo do Hospital Auxiliadora - Arquivo/JP

O próximo prefeito vai assumir a administração municipal com a função de dar sequência à negociação do termo de contratualização com o Hospital Auxiliadora que, embora filantrópico, é o único que atende aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) de Três Lagoas e das cidades que fazem parte da Costa Leste.

O diretor administrativo do hospital, Eduardo Otoni, disse que espera um aporte financeiro de, pelo menos, mais R$ 300 mil/mês por parte do município. Atualmente, o hospital recebe R$ 3 milhões/mês das três esferas municipal, estadual e federal para atender aos pacientes do SUS de 11 municípios da macrorregião.

No entanto, em razão da demanda, o diretor alega que a verba não tem sido suficiente para cobrir todas as despesas. Por esse motivo, todo mês existe um déficit de R$ 800 mil. “A gente tem que utilizar dinheiro de convênios particulares para cobrir as despesas com os pacientes do SUS. Com isso, deixamos de investir em melhorias no hospital”, destacou.

Além disso, Eduardo disse que a prefeitura precisa regular o fluxo de urgência e emergência para não sobrecarregar o atendimento no Pronto Socorro do hospital. Otoni entende que é necessária a reabertura do antigo “postão” no bairro Colinos. “Muitas pessoas que moram em outras regiões não vão a UPA porque é distante e acabam procurando o hospital, interferindo no fluxo de urgência e emergência. Por isso, o postão precisa ser reativado para atender os pacientes que moram na região de cá da linha”, explanou.

Otoni espera também que o próximo prefeito ajude na construção de mais leitos de UTI adulto, bem como na implantação da UTI Neonatal, assim como em mais leitos para longa permanência e invista na alta complexidade para cirurgias em cardiologia e neurologia, bem como na expansão do serviço de hemodiálise e aumente o número de cirurgias eletivas. “Se o próximo prefeito conseguir fazer isso, contratar 100 cirurgias eletivas/mês,além de melhorar o atendimento nos postos de saúde para não sobrecarregar o hospital será uma grande conquista”, destacou Otoni.