Balanço

Número de mortes por afogamento é menor em 2016

Bombeiros registram seis mortes em rios próximos a Três Lagoas

31 DEZ 2016 • POR Valdecir Cremon • 11h26
Celso Daniel/ TVC

Dois dias depois de um acidente que matou o empresário André da Nóbrega Sãovesso, de 33 anos, no rio Sucuriú, o Corpo de Bombeiros divulgou balanço das mortes por afogamento em rios próximos a Três Lagoas, em 2016. Com a morte de André e do vendedor Júlio César Chaves Sarati, de 35 anos, que teriam caído de uma lancha, durante passeio com duas adolescentes e uma criança, o número de vítimas fatais chegou a seis. No ano anterior, oito pessoas morreram afogadas nos mesmos rios. 

Para o tenente PM Waldevino Gomes Pinheiro, do Corpo de Bombeiros, a redução é resultado de um trabalho de conscientização e alertas e campanhas desenvolvidos junto a frequentadores de rios. “São alertas que valem para todas as pessoas, mesmo as que frequentam piscinas ou lagos, que aparentemente são mais seguros”, disse o tenente.
Waldevino Pinheiro citou a ampliação de orientações por meio de reportagens e entrevistas de oficiais do Corpo de Bombeiros.

Em um dos casos com morte, ocorrido neste ano, foi o acidente que matou Onélia Mariano Camargo, de 20 anos, no domingo, dia 3 de abril, no rio Paraná. Segundo apurado pelos bombeiros, ela pescava com amigos em uma embarcação improvisada, que teria tombado. O corpo dela foi resgatado no mesmo dia do acidente entre linhas de pesca e cordas usadas para ancorar uma “casinha” de pesca. Na época do acidente, o subtenente do Corpo de Bombeiros, Josué dos Santos Morais, disse que  “a maioria das mortes que acontece por afogamento a gente percebe o descuido em relação à segurança. As pessoas precisam pensar que, se acontecesse um acidente, estariam preparadas ou não para escapar com vida”.

Em outro caso ocorrido no ano, Stephany Gomes, de 19 anos, morreu afogada após cair de um barco sem o uso de salva-vidas. Pessoas que estavam com ela na embarcação disseram que Stephany não sabia nadar. 

Em um acidente que matou duas pessoas, nesta semana, as vítimas também não usavam coletes e navegavam durante um vendaval - circunstância constatada pelo repórter Celso Daniel, apresentador do programa policial “Pulseira de Prata”, da TVC - Canal 13, que foi ao mesmo local em uma embarcação pouco tempo após o acidente. “As ondas chegam a um metro de altura e venta muito forte”, disse o jornalista durante reportagem exclusiva, exibida pela emissora. Devido aos riscos, a gravação foi encerrada.  

Os corpos de André e de Júlio foram localizados ontem, a cerca de um quilômetro do local do acidente. Ambos passaram por perícia da Polícia Civil, para instrução de inquérito, e foram liberados às famílias para enterro.