Unificação

Comando revela estudo para mudança na Rotai

Tenente James Magno Silveira confirma possível unificação com Bope ou Choque

14 JAN 2017 • POR Valdecir Cremon • 09h42
Comandante de Batalhão diz que estudo da PM de Mato Grosso do Sul não tem data para ser aplicado e descarta fim da Rotai - Reprodução/TVC

Um possível fim do grupo de elite da Polícia Militar de Mato Groso do Sul, a Rotai (Rondas Ostensivas e Táticas do Interior) não está em estudo pelo governo estadual. A afirmação foi feita ontem pelo tenente-coronel James Magno de Morais Silveira, comandante do 2º Batalhão da PM em Três Lagoas ao programa policial “Pulseira de Prata”, da TVC - Canal 13, em entrevista à jornalista Kelly Martins. O que há, segundo o oficial, é um estudo para a unificação das equipes especiais da PM, que atuam com nomes e regras diferentes no Estado.

O projeto de mudanças é fruto de pesquisa do governo em todo o Estado. “O estudo é em nível de Estado e não apenas de Três Lagoas. Existe um estudo com intenção de unificar condutas e nomenclaturas de equipes que atuam na capital e no interior”,  revelou James Silveira. Hoje, disse ele, existem dois grupamentos especializados nesse tipo de policiamento: o Batalhão de Choque e o outro Bope (Batalhão de Operações Especiais). “Esses dois grupamentos da PM são especializados em policiamento especializado. O Choque em patrulhamento e o Bope em situações de risco”, prosseguiu.

No interior, o comando criou a Rotai e a Força Tática e ainda há o COB (Comando de Operações do Bolsão), que atua em Chapadão do Sul. “A intenção do comando geral é sumir com todas essas nomenclaturas, uniformizar o fardamento e as condutas”, acrescentou o comandante.

James Silveira afirmou que não há risco de extinção da Rotai. “Pode até ser que a Rotai continue [com o nome], mas com os procedimentos unificados, se houver a adoção do estudo”, afirmou.

A Rotai realiza policiamento ostensivo em Três Lagoas e atua em situações de risco, como rebeliões e sequestros. Atualmente, o grupo de elite é composto 28 policiais e, segundo o comando, mesmo com a possível mudança de nome,nenhum dos PMs deixará o grupo. O comando destaca que novos armamentos e veículos foram enviados pelo governo estadual à Rotai, como sinal de que a polícia de elite será mantida na cidade. “Não existe nenhuma data prevista nem estimativa de que a mudança possa ocorrer”, disse o oficial.

VIATURAS
Apesar de ter recebido do governo estadual 17 veículos entre carros e motos 0km, em dezembro do ano passado,  a PM ainda não utiliza quatro picapes do tipo SUV. Os carros seguem estacionados  no pátio do 2º Batalhão por falta de emplacamento e de documentação. “Os veículos só poderão ser usados após isso. E acreditamos que até o final de janeiro toda a documentação esteja pronta e, em fevereiro, os carros possam rodar”, disse o comandante do Batalhão.