Prevenção

Pré-natal: menos riscos para mãe e o bebê

Pediatra especialista em neonatologia dá orientações

4 ABR 2017 • POR Kelly Martins • 16h42
Luciana Yanasse dos Santos é pediatra, formada pela Famerp

Gravidez. Um momento tão especial na vida da mulher. Inesquecível. Vivido intensamente. Mas, nem tudo sai exatamente como sonhado porque, entre outras razões, muitas delas deixam de fazer o pré-natal - aqueles exames de rotina essenciais para acompanhamento da saúde do bebê e da futura mamãe.  É por meio desses exames que médicos conseguem prevenir doenças, evitar que a criança nasça antes do tempo ou, ainda, que apareçam complicações na hora do parto. Além disso, o estilo de vida que a mulher adota entre essas visitas fazem a diferença ao passo que estar alerta ao corpo e se manter saudável são medidas que refletem diretamente na formação do bebê. “Um pré-natal bem feito evita complicações futuras, doenças, infecções e má formação”, define a pediatra Luciana Yanasse Trajano dos Santos.

Formada há 17 anos pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) e também especialista em neonatologia - que cuida das crianças desde o nascimento até os 28 dias de idade -, Luciana explica que os cuidados devem começar logo após a descoberta da gravidez. Segundo ela, quanto mais cedo a gestante iniciar o acompanhamento, mais tempo o especialista terá para prevenir, identificar e tratar possíveis doenças tanto na mãe quanto no feto, além de classificar a gestação como normal ou de risco. Se o acompanhamento não é realizado, diversos riscos que podem interromper a gestão ou gerar sequelas após o parto.

O Ministério da Saúde recomenda que sejam realizadas no mínimo seis consultas médicas durante a gravidez e que mulher deve fazer uma série de exames. Integram o cronograma do pré-natal exames básicos de laboratório, como de urina, hemograma, sorologias, ultrassonografia, testes de HIV, de rubéola, de toxoplasmose, fator RH e glicemia de jejum, entre outros. Já as consultas são realizadas mensalmente, até as 32 semanas de gestação (oitavo mês). A partir desse momento, passam a ser quinzenais e, depois, de 36 semanas, a frequência é semanal. Um dos exames mais importantes é o ultrassom, em que, por meio de uma tela, médicos conseguem enxergar tudo o que acontece dentro da barriga da mulher. “Quando a gestante é de alto risco, solicitamos outros exames mais complexos e específicos”, declarou a pediatra.

OUTRA FUNÇÃO

Além de realizar atendimentos clínicos na Sermedi (Serviço Médico e Diagnóstico), em Três Lagoas, Luciana Yanasse é também coordenadora da UTI Neonatal do Hospital da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul). O setor está em funcionamento há um ano e possui 10 leitos, com equipe de oito profissionais: quatro especialistas e quatro pediatras. “A população está crescendo rapidamente em Três Lagoas e é muito importante termos a UTI própria para oferecer atendimento. Antes, os recém-nascidos que precisavam de leitos eram transferidos para outras cidades. Hoje, temos uma equipe multiprofissional na cidade”, concluiu.