Pesquisa

Mulheres representam 53,6% do público de games no Brasil

Segundo a Pesquisa Game Brasil 2017, ala feminina ampliou sua vantagem sobre os homens em relação ao ano passado

6 ABR 2017 • POR Jonas Turolla • 07h30
Segundo o levantamento, a representatividade das mulheres no mundo dos games continua em alta - Divulgação/ESL

A representatividade das mulheres no mundo dos games continua em alta, segundo dados da Pesquisa Game Brasil 2017, divulgada na última terça-feira (4). Além de seguir, pelo segundo ano consecutivo, à frente dos homens em número de jogadores, a ala feminina ampliou sua vantagem em relação ao ano passado.

De acordo com o estudo, as mulheres representam agora 53,6% dos gamers no país - um ponto percentual a mais do que foi registrado em 2016.

Esta é a quarta edição do levantamento, que busca traçar o perfil dos brasileiros que jogam videogame. O estudo é feito pela agência de tecnologia interativa Sioux, em conjunto com a empresa de pesquisa especializada em consumo Blend New Research e a Game Lab, divisão da ESPM dedicada à experimentação e pesquisa de jogos.

A Game Brasil 2017 ouviu 2.947 pessoas de 26 estados e do Distrito Federal entre os dias 1 e 16 de fevereiro de 2017. O Mato Grosso do Sul, segundo a amostragem, representa apenas 1,2% do público de games no país, muito longe dos 40,3% do estado de Sâo Paulo, líder no ranking de representatividade. 

Estudante de Biologia na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Vitória Damasceno está entre esse 1,2% de gamers sul-mato-grossenses. Jogadora de League of Legends - mundialmente conhecido como LoL - desde 2015, a três-lagoense não se surpreende com o crescimento do público feminino nos games.

"Estamos na era de quebrar tabus. Antigamente, videogames para meninos e bonecas para meninas. Hoje, a gente sabe que pode sentar na frente de um computador ou videogame e jogar tão bem quanto qualquer outro homem", afirmou.

Fã de jogos de FPS (tiro em primeira pessoa), a estudante Emanuella Nunes é outra que também 'vive' esse universo de games. "As gerações estão crescendo em uma era tecnológica onde é quase impossível ficar de fora. Eu, por exemplo, me considero gamer porque eu jogo e gosto da cultura gamer. Estou sempre atrás de coisas relacionadas", disse.

OUTROS NÚMEROS

- Quase seis em cada dez (54%) se dizem jogadoras casuais

- Quando o assunto é console, o Xbox 360, que tem mais de 10 anos de vida, é o mais citado (37%), seguido pelo Playstation 3 (29,2%)

- O mobile continua a ser a plataforma mais popular. É onde jogam 77,9% dos entrevistados. Os aparelhos móveis são seguidos por computadores (66,4%) e consoles (49%). Os índices são sobrepostos porque os jogadores brasileiros não são cativos de apenas um dispositivo – 74% dos entrevistas optam por mais de um deles

- Dispositivo preferido para jogar, o smartphone é escolhido por 37,6% dos gamers, enquanto consoles são citados por 28,8% e computadores por 26,4%

- Mais de 63% dos gamers brasileiros ainda não assistiram campeonatos profissionais de eSports, o que demarca um grande mercado potencial

- A categoria de jogos preferida foi 'Estratégia' (50,9%), colocada entre os três tipos de jogos por ambos os sexos