Delegada fala sobre abuso e exploração sexual em palestra do CREAS
A intenção é orientar agentes para que denunciem eventuais ocorrências de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes observadas durante realização do trabalho
15 MAI 2017 • POR Leonardo Guimarães • 14h49O Centro de Referência Especializada em Assistência Social (CREAS) realizou no auditório da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), palestras com participação de aproximadamente 100 agentes comunitários de saúde e agentes de controles de vetores.
A intenção do órgão ligado à Secretaria de Assistência Social e contar com apoio dos servidores para que denunciem eventuais ocorrências de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes, que possam observar durante a realização do trabalho.
A iniciativa faz parte do plano de campanhas do CREAS, em alusão ao dia nacional de combate ao abuso ou exploração de crianças e adolescentes e tem apoio do Conselho Tutelar e da Secretaria de Saúde do município.
A delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher, Eva Maira Cogo, foi uma das palestrantes e abordou temas importantes do combate a violência e exploração sexual de crianças e adolescentes, ressaltando a importância da participação dos agentes comunitários na observação e denúncia de possíveis casos. A jovem delegada tem se destacado no trabalho de prevenção e investigação destes crimes no município.
Eva Maira afirma que é feito um levantamento das informações de cada caso, por isso a importância dos agentes. “Sempre temos o cuidado de levantar cada informação, e são os agentes que estão na casa das pessoas, fazem visitas familiares e podem enxergar onde a polícia não está enxergando. Os crimes de abuso geralmente ocorrem às escondidas, e muitos não chegam ao conhecimento da polícia; seja por medo da vítima, e até por se achar culpada pelo abuso; e os casos de crianças que nem entendem que estão sendo abusadas”, disse.
A delegada fez um alerta aos pais e responsáveis para possíveis sintomas de abuso sexual em crianças. “Uma criança que tem mudança brusca de comportamento, sem motivo aparente; crianças falantes que se calam, ou crianças mais caladas que começam a falar bastante e com comportamentos sexuais que não correspondem a idade, podem ser indícios de abusos sofridos. É ideal observar quem está tendo contato, pois grande parte dos abusos acontecem dentro de casa, com pessoas próximas como tios, amigos da família, vizinhos; então, o correto é não confiar tanto nas pessoas e ficar sempre atento. Não existe um ‘perfil’ de abusador. É preciso estar atento”, disse a delegada.
Também falaram aos participantes conselheiros tutelares e psicólogos.