Paranaíba

Ministério Público investigará reajuste salarial de políticos

Promotor de Justiça sinaliza investigação para possível ato de improbidade administrativa

17 MAI 2017 • POR Talita Matsushita • 13h57
O MP publicou o procedimento preparatório no Diário Oficial - Foto / Leonardo Guimarães /JPNEWS

O Ministério Público Estadual abriu inquérito para investigar o reajuste salarial da classe política de Paranaíba (MS). A informação foi divulgada no Diário Oficial do órgão na manhã desta quarta-feira (17).

A lei, de número 2.123 de 9 de maio de 2017, assinada pelo prefeito Ronaldo Miziara (PSDB), além de conceder reajuste de 30,17% a vereadores, secretários de município, prefeito e vice-prefeito, também institui o 13º salário para secretários municipais, procurador-geral, controlador e chefe de gabinete do prefeito.

O promotor de Justiça, Ronaldo Viera Francisco, sinaliza investigação para possível ato de improbidade administrativa dos vereadores na aprovação do índice, que estaria muito acima da inflação do período.

No executivo, com o reajuste, o salário do prefeito passará de R$ 17.990 para R$ 23.420; o do vice de R$ 7.126 para R$ 9.276; os salários dos secretários passam de R$ 6.990 para R$ 9.100.

No legislativo, os vereadores que recebem 6.012 passarão a receber R$ 7.832 além de diárias, se aplicada a integralidade dos 30.17% como prevê a lei aprovada.

JUSTIFICATIVA

Em entrevista coletiva na manhã da última sexta-feira (12), Ronaldo Miziara defendeu o reajuste dizendo que seus secretários sempre chegam antes das 7h e saem depois do expediente, que encerra-se às 17h, e com essa dedicação exclusiva é preciso que o secretários tenha um bom salário para que possa ser cobrado isso dele.

“Na gestão passada a carga horária era de seis horas diárias, e podiam trabalhar em outro setor, nós aqui não. Nós cumprimos as oito horas diárias, às vezes final de semana e por isso defendemos esse repasse aos secretários”, disse o chefe do executivo.

O prefeito explicou ainda que “para vetar o projeto era preciso que houvesse ilegalidade, e isso não ocorreu”.