Três Lagoas

Prefeitura diz que reajuste depende de negociação com Sinted

Servidores municipais estão em “Estado de Greve” por falta de reajuste salarial

1 JUN 2017 • POR Ana Cristina Santos • 12h06
Prefeitura diz que continua a negociação com Sinted para modificar as regras da Lei do Piso - Divulgação

Para conceder o reajuste de 7.89% aos servidores- com exceção os da Educação-, a Prefeitura de Três Lagoas, alega que precisa concluir a negociação salarial com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas (Sinted), referente à Lei do Piso Salarial Nacional, que prevê o pagamento do percentual do piso, hoje de 7.64% para 20 horas/aula.

Em assembleia realizada nesta quarta-feira (31), os funcionários filiados ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais deliberaram por entrar em condição de “Estado de Greve”. Além dos 7.89%, que representa a correção da inflação, e 3% de ganho real, o sindicato reivindica outros benefícios para os servidores, como o aumento no valor do auxílio alimentação, hoje de R$ 120, para R$ 200.

A prefeitura informou que está negociando com o Sindicato da Educação o realinhamento da Lei do Piso Nacional, que se refere à valorização do professor, levando até 2020 o dobro do piso de 40 horas. Segundo a administração municipal, hoje o município teria que pagar 64% do Piso Nacional, o que já implica no limite contingencial da folha de pagamento. Com isso, o município alega que não teria condições de conceder nenhum aumento salarial para os demais servidores.

A prefeitura diz ainda que continua a negociação com Sinted para modificar as regras da Lei e manter margem para  conceder o reajuste aos demais servidores.

A presidente do Sinted, Maria Laura Castro, disse na manhã desta quinta-feira, em entrevista ao RCN Notícias da Rádio Cultura FM, que a negociação com o sindicato não pode servir de empecilho para o município conceder o reajuste para os demais servidores, uma vez que a Educação tem verba própria. 

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Antônio Carlos Modesto, também entende que são negociações distintas e que os funcionários não podem ficar prejudicados sem reajuste. Por esse motivo, já estão em “Estado de Greve”- que significa alerta para administração. A qualquer momento se não houver avanço nas negociações, os servidores podem cruzar os braços.