Criatividade

Professor adota funk para ensinar física nas escolas de Três Lagoas

Paulo Vitor usa música para motivar alunos em escolas particulares e da rede pública

4 JUN 2017 • POR Steffany Pincela • 07h30
Video viralizou nas redes sociais e teve cerca de 50 mil visualizações e mais de 600 compartilhamentos - Reprodução

O ritmo do funk tem ganhado espaço dentro de salas de aula, em Três Lagoas, e é usado como método criativo por um professor de física para que os alunos memorizem o conteúdo. O ensino diferenciado aplicado pelo educador Paulo Vítor Pereira, de 30 anos, parece ter refletido de forma positiva para os estudantes e já ganha destaque na internet.

Principalmente, depois que um vídeo dele ensinando física com a paródia da música “Amor de Chocolate”, do cantor Naldo Benny, foi postado na rede social por um aluno. Com a letra, Paulo explica aos alunos do ensino médio como se faz a fórmula da Lei de Coulomb - que descreve a interação eletrostática entre partículas eletricamente carregadas. As imagens já renderam 50 mil visualizações e mais de 600 compartilhamentos

“A ideia surgiu da necessidade de envolver os alunos e motivar a aprendizagem no ensino da física. A maioria deles não vê diversão nenhuma na disciplina por achar que só tem cálculos e fórmulas,” explicou. Paulo Vítor é professor há mais de 10 anos e atualmente dá aulas nas escolas Dom Aquino, Funlec e Colégio Objetivo para estudantes do ensino médio, com faixa etária entre 14 e 17 anos.

Ele conta que, para dinamizar a aula, cria letras de músicas para auxiliar na forma de aprendizagem das fórmulas de física. “Eu me sinto muito bem quando chego em casa. Me lembro dos alunos falando que participaram da melhor aula”, destacou.

O professor observa que o método também tem contribuído para que os alunos se interessem mais pela matéria. Pontua ainda que o profissional da educação não deve desanimar, apesar das dificuldades que o país enfrenta. “O futuro do Brasil é a educação. Há muitas pessoas que têm desacreditado. Mas, acho que já melhorou muito e podemos melhorar muito mais. Apesar de todos esses escândalos de corrupção, se o Brasil pensar na educação de maneira séria, acredito que vamos ser um país de futuro,” concluiu.