Artigo

Três Lagoas: Casa de Mãe

Leia o artigo da senadora e ex-prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet

10 JUN 2017 • POR Simone Tebet • 11h58
Divulgação/Assessoria

Quando me perguntam do que mais gosto na minha cidade, digo que é do ar. É que o ar de Três Lagoas tem, para mim, um cheirinho de casa de mãe. Com perfume de flores na varanda, de frutas maduras no quintal e de bolo de chocolate no forno.

A minha cidade é daquelas que parecem guardar – nos seus corredores em forma de ruas, nas suas salas em desenho de praças – imensos armários de agasalhos, de todos os modelos, de todos os números e de todas as cores, moldados e tecidos pelo carinho dos filhos que aqui nasceram e dos que escolheram aqui morar.

A minha casa de mãe tem um coração enorme, onde cabem hoje quase 115 mil irmãos sanguíneos e por afinidade, que se reúnem, diariamente, em volta de uma imensa mesa de comunhão. Comunhão no trabalho – para construir novos alicerces. Comunhão de solidariedade – para que seja uma construção coletiva. É porque a minha casa de mãe tem sempre as portas abertas, por onde entraram, somente nos últimos cinco anos, algo como cinco mil novos irmãos de fé. 

Quando volto para a minha casa de mãe, tenho a sensação de que as águas que dão formato às três lagoas que lhe emprestam o nome, e que banham seus quintais, são águas do Rio Paraná que, ao contrário da canção popular, resolveram não “bater no meio do mar”. São águas que por aqui preferiram ficar, permanecendo doces como são as águas interiores. 

Neste dia 15 de junho, Três Lagoas completa 102 anos de construção coletiva. Como em toda obra coletiva, a minha cidade reúne os mais diferentes sotaques deste imenso país sedimentado nos contrastes. É por isso que, aqui, todos os brasileiros se sentem em casa – casa de mãe de todos nós.