Família Acolhedora

Crianças de abrigos podem ser acolhidas por famílias em Três Lagoas

Projeto de lei “Família Acolhedora” foi aprovado pela Câmara de Vereadores

5 JUL 2017 • POR Ana Cristina Santos • 11h00
Atualmente, 41 crianças e adolescentes estão nos três abrigos que existem em Três Lagoas - Ilustração

Crianças e adolescentes retirados de suas famílias por decisão judicial que estão em abrigos públicos poderão ser acolhidos por outras famílias. É uma forma de paternidade, com prazo de validade, mas que permitirá uma convivência familiar importante para crianças de três abrigos de Três Lagoas.

Isso é o que prevê o projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores de Três Lagoas na sessão desta terça-feira. Denominado “Família Acolhedora”, a proposta provada dispõe de um serviço que organiza o acolhimento, em residências de famílias previamente cadastradas e aptas, de crianças e adolescentes afastados da família de origem, mediante medida protetiva.

A proposta, estimulada pelo poder público, visa amenizar o sofrimento dessas crianças e adolescentes que foram parar em abrigos. Atualmente, 41 crianças e adolescentes estão nos três abrigos que existem em Três Lagoas.

Com a aprovação desse projeto, as crianças e adolescentes poderão ser acolhidos em residências por famílias que estejam aptas a permanecer com eles por um período. “Essa é uma política nova no Brasil. A criança, ao invés de ir para um abrigo, vai para uma família cadastrada, previamente estudada, que receberá um financiamento da prefeitura para executar o serviço de acolhê-la pelo tempo necessário que o Judiciário tem para definir, se ela vai para a família biológica, ou para a adoção”, explicou a promotora.

Ana Cristina disse que defende o projeto porque entende que acolher uma criança é uma violação. “Nem uma criança tem direito de viver longe de uma família, seja ela biológica, ou extensa, que são parentes, ou como uma família adotiva que, até definir, leva um tempo. Enquanto isso não acontece, defendo que a criança fique em uma situação, em um lar que se pareça com a família. Essa é a defesa, sair de uma frieza de um acolhimento, mesmo que trate bem a criança, para viver em um período dentro de um lar, que receba uma atenção especial”, destacou.

De acordo com a promotora, a equipe que analisa a família que vai abrigar por um período a criança ou adolescente, é composta por assistente social, psicóloga, educadores e coordenadores.  

Promotora de Justiça Ana Cristina Carneiro Dias