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André quer agilizar projeto energético de MS

As concessões destinam-se à construçãoe manutenção de dois mil quilômetros de novas linhas

Por Redação
05/12/2008 • 06h50
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O governador André Puccinelli assegurou ontem (4) que o Estado vai trabalhar com agilidade nos processos de licenciamento para as obras de construção de linhas de transmissão e subestações, a serem feitas por duas empresas que venceram o leilão de concessões realizado no dia 24 de novembro pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Em reunião com representantes das empresas Cobra Instalaciones Y Sevicios e Elecnor Transmissão de Energia, que arremataram os lotes A e B do leilão, Puccinelli conheceu detalhes dos projetos e discutiu o encaminhamento que cabe ao Estado para que as obras sejam executadas no prazo estabelecido pela Aneel – 18 meses após a assinatura do contrato, previsto para acontecer em janeiro de 2009.
 
As concessões leiloadas destinam-se à construção, operação e manutenção de aproximadamente dois mil quilômetros de novas linhas de transmissão e 22 subestações. As instalações de transmissão irão conectar usinas de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) dos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul ao Sistema Interligado Nacional.
 
O lote A, arrematado pelo Grupo Cobra, abrange conexões no leste do Estado, desde a usina hidrelétrica de Ilha Solteira ate Chapadão do Sul.  No lote B, que teve como vencedora a Elecnor, compreende instalações de ligação de usinas e subestações na região abrangida por Sidrolândia, Rio Brilhante, Ivinhema, Anastácio. Um terceiro lote só inclui o estado de Goiás.
 
Cada um dos projetos em Mato Grosso do Sul abrange a interligação de nove usinas (sendo três instaladas no estado vizinho e o restante em território sul-mato-grossense), e há o interesse de novas usinas em se integrar, segundo Antonio Vila Calvo, da Elecnor. São Pequenas Centrais Hidrelétricas (de geração hidráulica) uma grande maioria de usinas de biomassa - indústrias de açúcar e álcool que aproveitam o bagaço da cana-de-açúcar como matéria-prima para a geração de energia a partir da produção de vapor. Parte dessa geração abastece a própria empresa, e o restante pode ser exportado, garantindo renda ao produtor e aumentando o potencial de energia no sistema elétrico nacional. O leilão para construir obras de instalação e operar essas unidades garante que essa energia limpa e renovável seja disponibilizada na Rede Básica.
 
Segundo o representante do Grupo Cobra, José Carlos Herranz Yague, diversos procedimentos iniciais já estão sendo tomados simultaneamente, porque o prazo para a entrada em operação comercial é de 18 meses a contar da assinatura do contrato com a Aneel. “Estamos tratando da compra de equipamentos e materiais, da contratação de empresa de licenciamento, e também do projeto básico, que precisa ser apresentado 45 dias após a assinatura do contrato, em janeiro”, explicou Yague.

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