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Após polêmica, governador de MS recebe pedido de impeachment

Reinaldo Azambuja teria recebido propina de donos da JBS para conceder benefícios fiscais

Por Kelly Martins
22/05/2017 • 13h12
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A polêmica que envolve o governador de Mato Grosso Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), em suposto esquema de corrupção, que inclui pagamento de propina por donos da JBS em troca de incentivos fiscais, já começa a refletir nos corredores políticos. Nesta segunda-feira (22), foi protocolado o primeiro pedido de impeachment contra o chefe do Executivo estadual, na Assembleia Legislativa (AL-MS), cujo autor é o vereador de Campo Grande, Vinicius Siqueira (DEM).

O documento será enviado à presidência da ALMS para que possa ter prosseguimento. Caso receba o aval, o pedido é analisado pelos deputados e eles decidem se aprovam ou não pela abertura de um processo de afastamento. A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), também enviou hoje um requerimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando cópias das delações premiadas aos proprietários da JBS, acusados de pagar propina a agentes públicos do estado.

O dono da JBS, Wesley Batista, contou em depoimento à Procuradoria-Geral da República, que o pagamento de propina à administração estadual era em troca de redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a empresa.  O esquema estaria em andamento durante os últimos três governos de Mato Grosso do Sul e movimentado cerca de R$ 100 milhões. Conforme investigação, Reinaldo Azambuja teria recebido R$ 22,9 milhões pelos incentivos ficais.

O governador contesta a denúncia. Ele deverá se explicar em entrevista coletiva à imprensa, agendada para as 16h, desta segunda, no prédio da Governadoria, na capital. De acordo com a assessoria de imprensa do Executivo, o tucano vai esclarecer as declarações feitas pelo empresário, em delação premiada, divulgada na última semana. 

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