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Senadores do MS afirmam que impeachment de Dilma não é golpe

Simone Tebet e Waldemir Moka defendem saída do PMDB do governo

Por Ana Cristina Santos
23/03/2016 • 07h42
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Os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, ambos do PMDB do Mato Grosso do Sul, afirmaram durante pronunciamento no Senado nesta terça-feira (22), que a analise do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) não se trata de um golpe, como o  governo e o Partido dos Trabalhadores tem declarado.

Moka disse que a comissão especial encarregada de analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff derruba argumentos do governo e do PT de que o processo é golpe. Com 65 membros, o colegiado foi instalado semana passada pela Câmara dos Deputados.

O senador destacou que o rito do impeachment seguirá determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). “O processo terá um caminho longo e caberá, primeiramente, aos membros da Comissão decidirem se o processo será aberto ou não. Em seguida, segue para o plenário da Câmara, onde deverá ter ao menos 342 votos. Depois, terá que ser aprovado por 54 dos 81 senadores. Isso não é golpe. Faz parte do processo democrático”, explicou.

Moka destacou que o processo de impeachment será decidido por parlamentares eleitos pela população de cada Estado. “São 594 parlamentares, entre senadores e deputados, eleitos democraticamente. Ora, são representantes do povo. Tudo será decidido pelo voto, em que cada um poderá se manifestar”, frisou.

Em aparte ao pronunciamento de Moka, a senadora Simone Tebet (PMDB) reafirmou o posicionamento do PMDB no Estado, que defende saída imediata do partido do governo. Simone criticou a corrupção e lembrou-se do PMDB do passado, que lutou pela redemocratização, pela instituição do habeas corpus, da anistia e da garantia dos direitos civis ameaçados.

Para a senadora, é preciso o partido entregar os ministérios e todos os cargos no governo para poder, com convicção, decidir pelo andamento do processo de impeachment no Congresso. “Não é golpe. O que nós temos que fazer é analisar com imparcialidade e serenidade. Mas não colocar os absurdos que estão acontecendo acima do mérito. E o mérito tem nome: corrupção. Corrupção que o povo brasileiro não aceita mais”, declarou Simone.

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