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Deputados negam recebimento de propina da JBS

Parlamentares contestam empresários da JBS e dizem que doações eram legalizadas

Por Ana Cristina Santos
23/05/2017 • 13h38
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Deputados estaduais do Mato Grosso do Sul se manifestaram durante a sessão plenária desta terça-feira (23), e contestaram as declarações do empresário Joesley Batista e do diretor de Relações Institucionais do Grupo JBS, Ricardo Saud, que afirmaram em delação premiada, suposto esquema de distribuição de propinas a políticos de todo o Brasil, inclusive do Estado.

 Lidio Lopes (PEN) foi o primeiro a subir à tribuna para prestar esclarecimentos. “Em 2014 era permitido doação de pessoa jurídica. Eu tenho em mãos a prestação de contas para provar que recebi R$ 25 mil em doações da coligação. Eu não recebi propina alguma ou pagamento dissimulado de ninguém. Tudo está oficialmente e legalmente declarado. Eu não sabia que o partido tinha recebido da JBS, eu nem sei quem é esse cidadão da JBS, nunca me prestei a votar nada que beneficie a JBS. Que culpa nós temos?”, questionou o deputado.

O deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) também rebateu as acusações. “Não conheço e nunca recebi nenhum dos irmãos. Nunca recebi doação das indústrias deles em Três Lagoas. Eles que fugiram para os Estados Unidos. Vamos levar isso para a Justiça. Fica aqui nossa indignação”, declarou.

O deputado Renato Câmara (PMDB) disse que recebeu doação via fundo partidário. “Existe esse fundo, em que você sai candidato e recebe um recurso que, vai para a chapa majoritária e depois é repassada para o candidato lá do interior, que usa para pagar material de campanha. Temos que ter cuidado de colocar nossas reputações, que estamos trabalhando por décadas. Eu não admito jogá-la assim na lama. Quem tiver culpa que esclareça e quem não esclarecer que seja condenado, mas não com especulações”, declarou.

O mesmo foi dito pelo deputado Marcio Fernandes (PMDB), que recebeu doação de campanha. Para Mara Caseiro (PSDB), a situação está deturpada. “Querem deturpar as coisas. Colocar nosso nome para ser explorado injustamente e ilegalmente. Se em 2014 era permitido receber essas doações, não tem nada de errado nisso. Usamos esse dinheiro para material de campanha e pagar colaboradores, tudo legalmente”, reforçou.

O deputado Zé Teixeira (DEM) disse que, como produtor rural há 33 anos compra e vende para vários frigoríficos e, entre eles o da JBS, mas tudo dentro da legalidade, inclusive apresentou notas. ( Com informações da Assembleia Legislativa)

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