A demanda brasileira por fertilizantes pode alcançar 58,5 milhões de toneladas por ano em 2030 e 73 milhões de toneladas em 2036. José Carlos Polidoro, representante do Ministério da Agricultura, informou isso durante evento do setor em São Paulo. Em 2024, as entregas somaram 45,6 milhões de toneladas, segundo a ANDA. Isso evidencia uma trajetória consistente de expansão do consumo de insumos no país.
As projeções apresentadas por Polidoro partem de um patamar já elevado de distribuição de adubos. Além disso, indicam aceleração do uso de insumos ao longo da década. O salto de 45,6 para 58,5 milhões até 2030 e, depois, para 73 milhões até 2036 é compatível com a intensificação produtiva. A busca por ganhos de produtividade nas principais cadeias agrícolas brasileiras também é compatível.
Para o setor privado e para as cadeias logísticas, os números reforçam a necessidade de planejamento antecipado. Isso inclui compras, capacidade de mistura e armazenagem, e também escoamento eficiente via portos e modais internos. O objetivo é evitar gargalos nas janelas críticas de plantio.
No curto e no médio prazos, vale acompanhar o ritmo mensal de entregas frente às metas projetadas. Também é importante a aderência ao calendário agrícola nas diferentes regiões, que condiciona a demanda efetiva, e a robustez da operação logística (estoques, transporte e infraestrutura portuária). Esses vetores, combinados, determinarão a fluidez do suprimento em safras cada vez maiores e mais tecnificadas.