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Setor de Carne Bovina supera tarifaço e registra forte desempenho em agosto

Gado Nelore em pastagem verde, representando a pecuária de corte do Mato Grosso do Sul.
Mesmo com barreiras tarifárias, o setor de carne bovina mostrou resiliência e redirecionou exportações para novos mercados. Foto: Gerada por IA

O mercado brasileiro de carne bovina demonstrou notável resiliência em agosto. As exportações de carne bovina alcançaram o segundo melhor desempenho do ano, mesmo diante de um cenário adverso no mercado norte-americano. As vendas para o exterior atingiram 268.500 toneladas (em 21 dias úteis). Esse volume é 23,5% superior ao mesmo período do ano passado.

Este resultado é particularmente significativo devido à imposição de uma tarifa adicional de 50% pelos Estados Unidos sobre a carne bovina brasileira. O impacto nas exportações de carne bovina para os EUA foi grande. Somada aos 26% já existentes, eleva a taxa total para 76%. Segundo analistas, essa medida torna a importação do produto brasileiro inviável para os norte-americanos. O Mato Grosso do Sul, que por vários meses liderou os embarques de carne para os EUA, sentiu o impacto direto.

Apesar da perda de competitividade, o setor conseguiu redirecionar a sua produção. Dados preliminares da SECEX indicam que, embora as exportações de carne bovina para os EUA tenham diminuído, o volume total exportado pelo agronegócio cresceu cerca de 5%. Isso mostra uma rápida reorganização para outros mercados de exportações de carne bovina.

Desempenho do Mercado Interno

O valor médio da tonelada de carne exportada também subiu, atingindo US$ 5.600, um aumento de 26%. Internamente, os preços do boi gordo mostram variações regionais: em São Paulo, a arroba é negociada entre R$ 310 e R$ 315, com escalas de abate acima de 10 dias. Já no Mato Grosso do Sul, os preços variam de R$ 318 a R$ 319. Existem negócios pontuais a R$ 323, mas com escalas mais curtas, de cerca de seis dias.