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DEFESA AEROESPACIAL

Corredores aéreos em MS entram no foco de operações contra tráfico e contrabando

Fiscalização integrada intensifica o monitoramento do espaço aéreo em áreas de fronteira usadas por aeronaves irregulares

Helicópteros compõem a missão de fiscalização da fronteira - Foto: Sargento Müller Marin/ CECOMSAER
Helicópteros compõem a missão de fiscalização da fronteira - Foto: Sargento Müller Marin/ CECOMSAER

Rotas aéreas que cruzam Mato Grosso do Sul, especialmente na faixa de fronteira, passaram a receber reforço na fiscalização diante do uso recorrente do espaço aéreo do Estado por organizações criminosas.

As ações têm como objetivo coibir o transporte de drogas e mercadorias ilegais por meio de aeronaves clandestinas.

A operação envolve a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), em atuação integrada com a Receita Federal, concentrando esforços em corredores aéreos considerados sensíveis no Centro-Oeste. Mato Grosso do Sul está entre os estados estratégicos monitorados, ao lado do Paraná.

A escolha do Estado como área prioritária está relacionada à posição geográfica e à proximidade com países vizinhos, o que favorece tentativas de ingresso irregular de cargas ilícitas pelo modal aéreo, com destino ao interior do país.

Vigilância aérea e fiscalização em solo

O monitoramento ocorre de forma contínua, a partir de radares que rastreiam aeronaves sem plano de voo ou com trajetos incompatíveis. Quando um deslocamento suspeito é identificado, podem ser acionadas aeronaves de interceptação da FAB, como o A-29 Super Tucano e o F-5M, além de helicópteros.

As ações permitem a aplicação de medidas de policiamento do espaço aéreo, que incluem advertências, escolta e, em situações previstas em lei, a determinação de pouso obrigatório.

Após a aterrissagem, a Receita Federal assume a fiscalização em solo, verificando carga, documentação e possíveis irregularidades.

Segundo o auditor da Receita Federal Delbert Almeida, a atuação conjunta amplia a capacidade de resposta. “Essa parceria com a FAB é fundamental, porque conseguimos apertar o cerco no modal aéreo. Enquanto a Receita Federal atua em portos e aeroportos alfandegados, toda movimentação procedente do exterior fora dessa zona primária é considerada irregular”, afirmou.

*Com informações da FAB