A Polícia Civil de Três Lagoas encerrou nesta semana o inquérito da morte de um adolescente de 15 anos, ocorrida dia 22 de novembro, na Unei Tia Aurora Gonçalves. O delegado do 3º Distrito Policial, Orlando Vicente, enviou relatório do crime ao Ministério Público e ao Poder Judiciário com acusação a dois colegas de quarto da vítima. Um deles, de 17 anos, confessou o crime, e outro, que completou de 18 anos em 2017, é apontado como mentor. 

Os dois estão na Unei por crimes de homicídio. Um terceiro, de 16 anos, internado por porte ilegal de arma de fogo, teria sido obrigado a ficar calado na hora do assassinato. A suspeita é de que o mais velho tenha matado o adolescente por enforcamento e obrigado o menor a assumir o crime. Porém, preferiu ficar calado em depoimento.

No dia seguinte ao crime, os dois foram transferidos para outras unidade da Unei. O primeiro, apreendido em Paranaíba, foi levado para Campo Grande. O outro, apreendido na capital do Estado, está na penitenciária de Três Lagoas. “Este rapaz já havia sido transferido da capital por causa de brigas. O que confessou o crime disse que obedeceu ao maior para não ser morto.

MOTIVO
Ainda segundo o delegado, o adolescente pode ter sido morto por ser acusado de estupro de uma menina de 6 anos, em Paranaíba. “Na linguagem dos internos e presos do sistema carcerário, ele seria ‘jack’(estuprador). Geralmente, são alvos dos ‘tribunais internos e acabam mortos pelos próprios colegas”, disse o delegado.

A Secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública informou que teria dado “toda a assistência funerária à família do menor morto na Tia Aurora, além de ter acompanhado todo o inquérito, dado por encerrado. 
A vítima cumpria pena na Unidade há quatro meses e 23 dias.