RÁDIOS
Três Lagoas, 07 de maio

Interceptação de voo clandestino teria provocado incêndio em canaviais

Durante perseguição aérea, aviões caças da FAB realizaram disparos de aviso e detenção que atingiram o solo

Por Henrique Neto
03/07/2022 • 19h45
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Duas aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano decolaram da Base Aérea de Campo Grande, neste domingo (3), para monitorar e interceptar um avião de pequeno porte que invadiu o espaço aéreo brasileiro pela fronteira, em Mato Grosso do Sul.

Testemunhas contaram à reportagem que o piloto do bimotor não teria respeitado ordem de pousar. A perseguição foi registrada por imagens de celulares de moradores, quando atingiu a divisa de Andradina (SP), distante 30 km de Três Lagoas, e Nova Independência (SP), assim que as aeronaves cruzaram a divisa entre MS e SP.

Conforme o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), os radares identificaram a aeronave entrando no espaço aéreo brasileiro. O avião, sem contato com o controle, descumpriu todas as medidas de policiamento realizadas. 

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Os disparos de advertência e de detenção teriam atingido a vegetação e provocado incêndios nos canaviais nos municípios paulistas de Pauliceia, Nova Independência, Andradina, Pereira Barreto, Guaracaí e Murutinga do Sul. O tempo extremamente seco contribuiu para a propagação das chamas.

O fogo mobilizou brigadas de incêndio de usinas, bombeiros, policiais militares da infantaria e ambientais  para combater as chamas que afetaram parte dos canaviais, áreas de APP (Área de Preservação Permanente) e, por pouco, não atingiram propriedades particulares.

De acordo com a assessoria de imprensa da FAB, os pilotos de defesa aérea seguiram o protocolo das medidas de policiamento do espaço aéreo brasileiro, interrogando o piloto da aeronave suspeita, mas não obtiveram resposta. 

Na sequência, os pilotos da FAB ordenaram a mudança de rota e o pouso obrigatório em aeródromo específico. Porém, o piloto do avião interceptado não obedeceu. Foi então, que a defesa aérea determinou um disparo, considerado tiro de aviso, segundo a FAB. E, na sequência, precisou adotar o tiro de detenção.

Após, a aeronave, que não tinha plano de voo e entrou no espaço aéreo do Brasil pela fronteira de Mato Grosso do Sul, fez pouso forçado no Estado de São Paulo, entre as cidades de Jales e Pontalinda.  A partir de então, a Polícia Federal assumiu as Medidas de Controle de Solo (MCS). Duas pessoas fugiram do local antes da chegada dos policiais. Na aeronave foram encontrados em torno de 500 quilos de pasta base de cocaína.  

A Polícia Militar paulista foi acionada para dar apoio assim como a Polícia Federal. Quando as equipes iniciaram o acompanhamento visual da aeronave, e a partir deuma estrada de terra em que possivelmente o piloto iria pousar. Mas, na sequência, os policiais visualizaram uma Fiat/Toro com três suspeitos. Eles tentaram fugir depois do piloto arremeter a aeronave. Foi solicitado novo apoio e iniciado acompanhamento com a abordagem do veículo e dos três homens, com apoio do Policiamento Territorial na área rural de Sud Mennucci.

O veículo, avião, celulares e droga foram apreendidos. Os ocupantes da Fiat/Toro foram  liberados depois de ouvidos pela Polícia Federal.

 

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