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Alunos de escolas públicas aprendem sobre doenças infecciosas de forma lúdica

Projeto da UFMS tem como objetivo a conscientização de forma que os alunos consigam distinguir as principais doenças infectocontagiosas e parasitárias, degenerativas, ocupacionais e as provocadas por toxinas ambientais.

Primeira edição do projeto foi em 2016 - Foto: Divulgação/UFMS
Primeira edição do projeto foi em 2016 - Foto: Divulgação/UFMS

Trem do Pantanal é uma das canções que mais representam Mato Grosso do Sul. Composta por Paulo Simões e Geraldo Roca em 1982, fez sucesso na voz de Almir Sater. É com essa inspiração cultural que surgiu um projeto de extensão desenvolvido na Cidade Universitária, que leva o nome da canção no título e que tem o objetivo de conscientizar alunos e professores do Ensino Médio sobre as doenças infecciosas comuns no Bioma Pantanal.

Em sua sexta edição, o projeto de extensão Trem do Pantanal: trilhando o caminho do bioma e as doenças tropicais, tem como objetivo a oferta de cursos para alunos e professores de escolas públicas. A conscientização é realizada de forma que os alunos consigam distinguir as principais doenças infectocontagiosas e parasitárias, degenerativas, ocupacionais e as provocadas por toxinas ambientais.

Anualmente são ofertadas 60 vagas para alunos e 10 para professores, com duração de 40 horas.  As atividades são realizadas na Cidade Universitária com base em metodologias ativas e experimentais de forma lúdica e interativa e monitoradas por estudantes de graduação e de pós-graduação. Ao final do curso, os participantes recebem um livreto instrutivo com história sobre parasitoses produzido pelos professores e pelos monitores.

O próximo curso está programado para ser ofertado em outubro de 2023. A parceria com a rede pública de ensino é uma forma de estabelecer uma ponte multiplicadora para que os avanços em ciência e tecnologia, construídos dentro da Universidade, cheguem à comunidade. Desta maneira, a participação dos estudantes da pós-graduação atuando como monitores, é uma forma de fomentar a responsabilidade social na popularização da ciência aproximando-os da comunidade.

A primeira edição do projeto foi em 2016 e está sob coordenação da professora do Instituto de Biociências, Ana Paula Marques. “O projeto nasceu em 2015 a partir do credenciamento de alguns professores e colaboradores do Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina à Rede Nacional Leopoldo de Meis de Educação e Ciência. Um dos requisitos para o credenciamento era apresentar um projeto que tivesse como objetivo a inserção dos pesquisadores e dos estudantes da pós-graduação na rede pública e com isso poder melhorar o ensino básico do país através de cursos, como é o caso do Trem do Pantanal e também através da produção de material didático ou paradidático”, conta a professora.

As doenças abordadas no curso para os alunos são divididas em 4 linhas: as parasitárias, respiratórias, arboviroses e as infecções sexualmente transmissíveis. Além de levar conhecimento para a rede pública de ensino, o projeto leva inspiração para os futuros profissionais. “O curso é baseado em metodologias ativas, então começamos sempre com as dúvidas que eles têm dentro dessas 4 áreas, porém a definição das doenças depende das dúvidas dos alunos. Mas no geral temos dentro das parasitoses: a ascaridíase, teníase, doença de chagas, giardíase. Nas respiratórias: influenza, tuberculose, resfriados e agora deve entrar Covid-19. As arboviroses são a dengue, zika, chikungunya e febre amarela. E as infecções sexualmente transmissíveis: sífilis, gonorreia, AIDS e clamidiose. Cada edição varia, pois depende do que os alunos trazem de questionamentos, de história de vida, de conhecimento prévio”, explica Ana Paula.

*Com informações da UFMS