Veículos de Comunicação

ENTREVISTA

Dermatologia estética ganha espaço e alia autoestima à saúde da pele

Em entrevista à Massa FM Campo Grande, Lidiane Costa destaca avanços nos tratamentos, mitos sobre melasma e cuidados no envelhecimento

Imagem meramente ilustrativa - Foto: Shutterstock
Imagem meramente ilustrativa - Foto: Shutterstock

A dermatologia estética deixou de ser vista como futilidade e passou a ocupar lugar essencial na rotina de quem busca saúde e bem-estar. Durante o quadro Mulher Entende de Mulher, no programa Manhã da Massa, a dermatologista Lidiane Costa destacou como os avanços tecnológicos e os novos protocolos têm mudado a forma de cuidar da pele, impactando diretamente na autoestima de diferentes gerações.

Da adolescência à menopausa: queixas mudam com a idade

Segundo a especialista, a dermatologia acompanha as transformações da vida. Adolescentes sofrem com acne, manchas e cicatrizes, enquanto mulheres na menopausa enfrentam alterações hormonais que refletem na pele.

“Cuidar da pele faz diferença para a vida social, para os relacionamentos e até para a vida profissional”, disse Lidiane.

A pandemia e a popularização das redes sociais intensificaram essa demanda, já que as pessoas passaram a se ver com mais frequência em vídeos, selfies e chamadas virtuais.

Lidiane Costa nos estúdios da Massa FM Campo Grande – Foto: Tainara Giani/Portal RCN67

Manchas, flacidez e cicatrizes: as queixas mais comuns

As principais preocupações relatadas nos consultórios são manchas solares, melasma, olheiras e sinais de flacidez. Lidiane explica que muitas vezes a queixa vem de forma indireta:

“A paciente chega dizendo que está com olhar cansado ou pele sem viço, mas o que está por trás é a perda de firmeza”.

Cicatrizes de acne, acidentes ou cirurgias também figuram entre os atendimentos mais frequentes.

Pescoço e mãos também denunciam a idade

Além do rosto, áreas como pescoço e mãos precisam de atenção. “O pescoço é uma continuidade da face. Quando a flacidez se instala, muitas vezes só a cirurgia resolve. Por isso, é importante começar cedo com tecnologias e estimuladores de colágeno”, alertou.

Melasma: doença crônica e cheia de falsas promessas

O melasma, segundo Lidiane, é uma das maiores preocupações em um país tropical como o Brasil, com grande exposição solar e miscigenação de peles. Ela adverte sobre o risco de acreditar em soluções milagrosas:

“É uma doença crônica. Podemos suavizar, até eliminar em alguns casos, mas cada situação é única. Falsas promessas existem por todos os lados”.

O impacto do emagrecimento rápido

Outro desafio é o efeito das chamadas “canetas emagrecedoras”, que popularizaram a perda de peso acelerada. O reflexo no rosto e no corpo pode ser negativo se não houver acompanhamento.

“Sempre comparo com uma almofada: quando o recheio murcha, sobra capa. O mesmo acontece com a pele. É preciso iniciar tratamentos já na perda inicial de peso”, explicou.

Entre os recursos, estão bioestimuladores e tecnologias que ajudam na reposição do colágeno, proteína fundamental para a sustentação da pele.

Envelhecimento saudável: um processo a ser gerenciado

Mais do que rejuvenescer, a dermatologista defende o conceito de “gerenciamento do envelhecimento”. Isso inclui hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada, hidratação, não fumar e acompanhamento médico.

“Só não envelhece quem morre cedo. Mas podemos envelhecer de formas diferentes, e cuidar da pele faz parte disso”, afirmou.

Confira a entrevista na íntegra: