
Dados da organização das Nações Unidas (ONU), apontam que o Brasil possui atualmente 270 mil pessoas com Síndrome de Down. A incidência estimada é de 1 em 1 mil nascidos – ou seja, 3 a 5 mil crianças nascem com síndrome a cada ano no mundo. Nessa estatística, esta Ana Carolina Queiroz de 32 anos, que leva uma vida bastante ativa e vai iniciar em breve como assistente no Fórum de Campo Grande. Mãe da “Carol”, a psicopedagoga Rosana Queiroz, atua auxiliando na educação de crianças com necessidades especiais. Ela diz que foi um choque quando descobriu a síndrome da filha, e que, demorou no processo de aceitação.
“Quando ela veio para o quarto, que ela chegou na porta com a enfermeira, eu já vi a síndrome. O fato de trabalhar há nove anos no atendimento às crianças com necessidades especiais, seria natural aceitar a condição genética, mas foi ao contrário. Tive recusa e rejeição instantânea, mas faço uma observação. Não é que recusei minha filha, recusei a síndrome, porque ninguém escolhe ter um filho com síndrome de Down”, explicou.
Na época, Rosana já tinha um filho pequeno e morava em Corumbá, onde segundo ela, não havia estrutura médica e orientação sobre a síndrome. Meses após o nascimento de Carol, ela decidiu vir para Campo Grande, já que a filha apresentava um quadro severo de infecção, causado por desnutrição.
“Naquele tempo não havia exames para diagnosticar a síndrome. A equipe foi coesa de não me laquear, por conta de que a Carol nasceu com problema cardíaco grave. Em Corumbá não tinha estrutura suficiente vim para a Capital. Digo com muita franqueza, não amamentei a Carol suficiente, deixava ele dormir muito, porque não havia aquela interação emocional, não havia o processo da maternagem. Só fui entender, depois que fiz uma especialização na UFMS sobre este assunto, para entender o que acontece com os pais”, explicou.
Segundo um estudo do Centro de Controle de Doenças e Prevenção dos Estado Unidos, mulheres que têm filho após os 35 têm de fato mais chance de ter um bebê com a síndrome. A pesquisa mostra que 80% dos bebês com Down nasceram de mulheres com menos de 35, porque há, naturalmente, mais nascimentos entre as mais jovens. A matéria completa está disponível no ink abaixo.