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Saúde

Hospitais filantrópicos e Santas Casas de MS aguardam mais de R$ 9 milhões em recursos

PL para auxílio financeiro está parado na Câmara Federal há quase um ano

Projeto de Lei que prevê auxílio financeiro de R$ 2 bilhões para as instituições de saúde filantrópicas e Santas Casas de todo o país foi aprovado há quase um ano no Senado e, agora, aguarda aprovação da Câmara Federal. Em Mato Grosso do Sul, a entidade que representa esses hospitais, a Fehbesul, afirma que os recursos poderiam amenizar a situação financeira das instituições, que durante a pandemia de covid-19 tiveram reajuste no preço de medicamentos, materiais hospitalares, além de honorários médicos. A fatia do repasse estimada para o estado é de aproximadamente R$ 9,2 milhões, valor baseado na média de produção hospitalar de 2020. Os recursos seriam divididos entre as 42 instituições conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).   

Em reunião com representantes de 30 instituições de saúde nesta terça-feira (5), o presidente da Fehbesul, Ivandro Correa Fonseca, destacou o aumento nos custos hospitalares nos dois últimos anos. “O impacto chegou a 200% no pico da pandemia e agora recebemos a notícia de mais 11% de reajuste nas medicações. Há uma necessidade emergencial de se rever as contratualizações”, afirmou.   

De acordo com o representante, a falta de recursos leva os hospitais a um alto endividamento –  mais de R$ 20 bilhões no país- e ao sucateamento das suas estruturas físicas e tecnológicas. “Desta forma, se não houver políticas imediatas, consistentes, de subsistência para estes hospitais, dificilmente suas portas se manterão abertas e a desassistência da população é fatal”, afirmou.  

Amilcar Silva Junior, presidente do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, um dos gestores de hospitais que participaram das discussões, alertou que o atendimento à população pode ser prejudicado. “Vamos deixar de atender mais de 2 mil pessoas por mês se esses recursos não vierem”, destacou.

Outro item discutido durante a assembleia foi o Projeto de Lei 2.564, que institui o piso Nacional de Enfermagem, que também tramita no Congresso. “Precisamos de uma rubrica no orçamento federal para que os hospitais filantrópicos possam custear esta despesa e atender a lei”, finalizou.

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