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Legado de obras inacabadas e abandonadas é desafio da nova gestão em Campo Grande

Edir Viégas,colunista do CBN em Pauta, elenca obras abandonadas na Capital

Edir Viegas - Foto: Foto: Geliel Oliveira
Edir Viegas - Foto: Foto: Geliel Oliveira

Na semana passada o então prefeito Marquinhos Trad (PSD) promoveu evento político-partidário na Câmara Municipal e anunciou que a sua sucessora, a agora prefeita Adriane Lopes, iria herdar R$ 1,5 bilhão para tocar diversos projetos até o ano de 2024.

Para o jornalista Edir Viégas, da coluna CBN em Pauta, isso não condiz com a realidade. 

Segundo Viégas, o dinheiro para esses investimentos não existe, como também não existem recursos suficientes no caixa da prefeitura para a conclusão de diversas obras iniciadas por Marquinhos Trad ao longo de seus cinco anos de mandato.

"Um breve passeio pela área central e também em alguns bairros é o suficiente para que qualquer campo-grandense confirme essa triste verdade", disse o jornalista, ao citar algumas das obras iniciadas e até hoje não concluídas.

A conclusão do corredor de transporte coletivo da Avenida Gunter Hans, entre os terminais Bandeirantes e Aero Rancho, só vai ocorrer em 2024. Enquanto isso, as obras atrapalham os motoristas que trafegam nesta via e também na Avenida Marechal Deodoro, na saída para Sidrolândia.

O colunista comentou ainda sobre outros pontos da cidade que foram abandonados pelo poder público municipal.

As obras de revitalização do Parque do Sóter estão paradas há meses. O mato toma conta de parte do local e não há iluminação pública no entorno do espaço.

Esse é também o caso do Centro de Belas Artes. No dia 17 de fevereiro deste ano, Marquinhos Trad assinou ordem de serviço de retomada das obras, iniciadas há 31 anos. 

Tem ainda a revitalização da Avenida Norte-Sul, no Córrego Anhanduizinho, cujas obras estão paralisadas desde 2020. Por conta disso, a Avenida Ernesto Geisel oferece risco a motoristas e pedestres. O final da via foi transformada na nova cracolândia de Campo Grande.

As obras contra enchentes também ilustram essa situação. Nos últimos dias, Campo Grande tem ficado embaixo d’água com as constantes chuvas. Nos bairros, as ruas se transformam em rios e torna impossível o trânsito de veículos e pedestres. Com a chuva vem a lama, e com a seca, vem a poeira.

Temos ainda o Reviva Centro, orçado em mais de R$400 milhões e que tem parte de seu financiamento ancorado no dólar norte-americano.  É uma obra interminável que já levou à falência de lojas, que já ceifou milhares de empregos e que ainda continua fazendo vítimas.

Isso sem falar nas estações de embarque instaladas desde abril do ano passado na Avenida Brilhante, que era para ser um corredor de ônibus e que até agora não entraram em funcionamento.

Além de roubar vagas de estacionamento no lado esquerdo da via, esses pontos de ônibus são hoje causas de acidentes e pelo fato de terem sido abandonados pela prefeito, vêm sendo alvo de vandalismo, de pichações.

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