Três Lagoas, no Leste de Mato Grosso do Sul, alcançou um novo marco que reforça seu título de capital da celulose. A Suzano, maior produtora mundial do setor, anunciou a marca de 35 milhões de toneladas produzidas desde a inauguração de sua primeira fábrica na cidade, em 2009.
Segundo o diretor de operações da unidade, Eduardo Ferraz, o feito é resultado de um ciclo contínuo de expansão.
“A Suzano foi a primeira empresa a acreditar no potencial da região e hoje temos, só em Três Lagoas, uma unidade que produz mais de 3,2 milhões de toneladas por ano”, afirmou em entrevista à Rádio Massa FM.
O executivo lembrou que a companhia inaugurou, em 2024, uma nova fábrica em Ribas do Rio Pardo, com capacidade de 2,5 milhões de toneladas anuais — a maior linha única de produção de celulose de fibra curta do mundo. Com isso, o estado passa a abrigar duas das maiores referências globais do setor.
Além do impacto industrial, o crescimento da Suzano movimenta a economia regional. Ferraz estima que, a partir dos 6 mil empregos diretos, a cadeia de produção e serviços gere cerca de 29 mil postos de trabalho. “O desenvolvimento é orgânico. Envolve padarias, hotéis, restaurantes e toda uma rede que cresce junto com a indústria”, destacou.
Impacto Econômico e Social
Entre 2010 e 2021, o PIB per capita da região triplicou, passando de R$ 38 mil para cerca de R$ 105 mil. Hoje, 67% do PIB industrial de Três Lagoas vem do setor de celulose, conforme dados da empresa.
Mais de 90% da produção local é destinada à exportação, especialmente para a Ásia. “Os produtos fabricados aqui chegam a mais de 100 países e estão presentes na vida de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo”, disse Ferraz.
Sustentabilidade e Desenvolvimento Social
A Suzano também aposta em sustentabilidade e desenvolvimento social. Somente no último ano, foram R$ 5 milhões investidos em projetos de capacitação profissional, agricultura familiar, cultura e educação. Em Ribas do Rio Pardo, a companhia aplicou R$ 300 milhões em obras de infraestrutura urbana e ambiental nos últimos três anos.
Para o diretor, o compromisso com inovação e responsabilidade ambiental é o que garante o futuro do setor. “Temos orgulho de atuar em um negócio baseado em florestas plantadas, que é carbono neutro e gera desenvolvimento sustentável. Nosso desafio é continuar crescendo de forma responsável e mantendo Três Lagoas no mapa mundial da celulose”, concluiu.