Setembro traz um cenário de calor extremo em todo o Centro-Oeste, com ondas que podem elevar os termômetros a mais de 40°C em Mato Grosso do Sul. A seca predomina nas primeiras semanas, mas o aumento da umidade no fim do mês deve favorecer pancadas de chuva, ainda irregulares e concentradas em pequenas áreas.
Em Mato Grosso do Sul, apesar da chance de temporais localizados, a chuva fica um pouco abaixo da média. No restante da região, a instabilidade tende a ganhar força entre a metade e o fim de setembro, trazendo chuvas um pouco acima da média em Goiás, no Distrito Federal e em Mato Grosso.
A formação de complexos convectivos de mesoescala – os CCMs – no Sul do país, provoca chuvas torrenciais, granizo e ventania, podendo se deslocar do Paraguai e do norte da Argentina para Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, gerando temporais intensos mesmo sem a passagem de frentes frias.
Outro destaque é o resfriamento das águas do Pacífico equatorial, processo que pode evoluir para um La Niña ao longo da primavera, o que aumenta a possibilidade de formação de corredores de umidade entre o Norte e o Centro-Sul, ampliando as condições de chuva sobre o Centro-Oeste e o Sudeste até o fim de setembro.
Em meio às altas temperaturas, episódios de poeira levantada pelo vento devem se repetir em todo o Centro-Oeste antes da chegada das chuvas. A primavera, período de transição para um regime mais úmido, começa oficialmente no dia 22 de setembro, às 16h19, pelo horário de Mato Grosso do Sul.