Amigo pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro e primeiro suplente da senadora Tereza Cristina (PP), Tenente Portela, foi nomeado pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), para coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil. A nomeação saiu na edição de hoje (1º) do Diário Oficial.
Tenente Portela foi motorista de Bolsonaro quando era soldado em Nioaque na década dos anos 70. O ex-presidente era tenente na época. Ele estava lotado no gabinete do deputado estadual João Henrique Catan (PL), um dos bolsonaristas mais aguerrido do estado.
A nomeação do Portela na prefeitura teve o dedo da senadora Tereza Cristina. Foi uma forma de acomodação política mesmo o tenente sendo de outro partido, o PL.
É bom lembrar que o Tenente Portela só virou primeiro suplente da Tereza Cristina por imposição do ex-presidente Jair Bolsonaro. O militar não era o preferido da Tereza, que tinha planos de abrir a suplência para representante do agronegócio. Mas Bolsonaro bateu o pé e impôs a indicação do Tenente Portela. O ex-presidente fez questão de tornar pública a sua escolha pelo amigo de caserna para a suplência da Tereza Cristina. Ela teve de engolir a indicação de Bolsonaro.
Tereza Cristina foi ministra da Agricultura do Governo Bolsonaro e hoje é um dos nomes da direita para ser candidata a presidente da República, caso Bolsonaro não consiga derrubar a sua inelegibilidade até 2026. O PP está investindo no nome da ex-ministra. O PL conta com a senadora como principal opção para a sucessão presidencial com Bolsonaro fora do páreo. Até o ex-presidente defende, nos bastidores, a sua indicação. Na eventual eleição de Tereza para presidente, o Tenente Portela assumiria em definitivo a vaga de senador.
Campo Grande "sem crise"
Com um Orçamento estimando mais de R$ 1 bilhão de crescimento para 2024 em relação a este ano, não pode falar e nem pensar em crise econômica. Esse crescimento chega a ser mais de 18%, bem acima da inflação.
É uma evolução econômica atípica em relação aos municípios do restante do estado e do País, que se queixam da crise econômica. Muitos municípios estarão com dificuldades de pagar o 13 salário do funcionalismo público. Campo Grande, pelo projeto de Lei Orçamentário Anual (LOA) está na contramão da crise econômica.
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