Uma nova diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Mato Grosso do Sul, deve ser eleita na terça-feira (20). Mais de 10 mil advogados estão aptos a votar, sendo ao menos seis mil em Campo Grande. O processo, no entanto, quase foi remarcado por força de liminar.
A presidente da Comissão Eleitoral, Telma Valeria Marcon, explicou que profissionais que não tenham pendências financeiras com a instituição podem registrar seu voto das 9h às 17h. O resultado deve sair por volta das 19h.
A Justiça expediu 10 pedidos de liminar até esta sexta-feira (16) e outros onze foram negados. Telma Valeria disse acreditar que será assim até o dia da votação. “Está no estatuto e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) é pacífico que associado inadimplente não pode votar”.
A votação será feita em cédulas de papel - inclusive em braile -, além de urnas de lona cedidas pela Justiça Eleitoral porque as eletrônicas estão em quarentena por conta do segundo turno das eleições gerais para governador e presidente da República, em outubro.
Três chapas disputam o comando da OAB-MS: Jully Heyder da Cunha Souza (Tempo de Ordem), o candidato à reeleição Mansour Elias Karmouche (OAB em Ordem) e Rachel Magrini (Renova OAB).
No interior, Simone Siqueira (oposição) e Gustavo Gottardi, candidato do atual presidente, Antônio Corcioli, disputam a presidência da subseção de Três Lagoas, onde 238 dos 678 advogados inscritos não podem votar por atraso no pagamento de mensalidades. Veja entrevista de Simone Siqueira na página 14.
Em Aparecida do Taboado, somente 85 dos 105 profissionais poderão votar em chapa única de Aline Alves de Queiroz Prado. Em Paranaíba, Tiago Amaral figura como único candidato e não foram informados dados sobre aptos ou não a votar na terça-feira.
Liminar
Durante a campanha houve troca de acusações entre as chapas estaduais e Jully Heyder obteve liminar do juiz da 4ª Vara Federal de Campo Grande, Pedro Pereira dos Santos, para ter acesso a lista de profissionais aptos a votar e seus e-mails, que lhe havia sido negada.
A equipe de Jully Heyder pontuou na ação que o candidato à reeleição, Mansour Karmouche, havia enviado e-mail marketing por dispor dos dados e auxiliava advogados inadimplentes para que, por via judicial, pudessem votar.
Em 24 horas, contudo, a decisão do magistrado que suspendia as eleições por cinco dias foi reformada devido a entrega dos dados requeridos e o adiamento acabou descartado.