Enquanto a chuva não caia sobre a cidade, a população de Três Lagoas enfrentava a poeira e a fumaça das queimadas. Mas foi só o tempo virar nos últimos dias para que a cidade voltasse a conviver com o barro, lama e com as dificuldades provocadas pela falta de galerias pluviais, pavimentação e revelar a fragilidade de sua infraestrutura urbana. A cidade que mais cresce no Mato Grosso do Sul continua sendo invadida pelas águas das chuvas que caem sobre a região. Para resolver o problema a prefeitura diz precisar de R$ 300 milhões. Recursos que não existem nos cofres. Empréstimos seriam a opção, mas o município não conseguiu ainda, oferecer a contrapartida necessária para receber o dinheiro dos bancos.
E num dia de temporal como o registrado neste domingo, (20), fica ainda mais evidente a fragilidade da infraestrutura básica existente na capital mundial da celulose. Parte da cidade voltou a ficar alagada. O trânsito ficou prejudicado, a população, sem ter para onde ir, enfrenta o drama e acumula e contabiliza os prejuízos.
O temporal deste domingo é mais uma boa oportunidade para as autoridade compreenderem a necessidade de ações urgentes. É preciso preparar o município para o futuro. Três Lagoas não pode mais continuar sendo submetida ao caos a cada chuva que cai. Sob barro e lama o desenvolvimento econômico e social fica prejudicado. A falta de infraestrutura básica não pode continuar comprometendo a boa imagem de Três Lagoas.