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Três Lagoas, 03 de maio

Editorial:Os exemplos estão aí

Por Redação
26/08/2017 • 09h51
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A Fibria acaba de dar o start em mais um grande projeto na nossa cidade. Em pouco mais de dois anos, vimos nascer uma obra gigantesca e que já está gerando emprego, renda e novas perspectivas para toda a Costa Leste, para o Mato Grosso do Sul e para nosso país. Diferente do que ocorre no poder público, a iniciativa privada tem pressa. Enquanto vimos nascer uma fábrica inteira, muitos cidadãos sequer conseguiram ter sua rua asfaltada. Enquanto centenas de novos empregos foram criados, os governos continuaram falando em crise. E nesse período, as manchetes sobre corrupção só aumentaram. De 2015 para cá, acompanhamos o surgimento de um projeto privado que coloca Três Lagoas no roteiro das cidades que mais crescem no Brasil. Se por um lado a cidade caminha bem, por outro, ela ainda engatinha.

Temos ouvido falar sobre o porto seco, um projeto que, se ganhar status de prioridade nos despachos de quem tem poder de decisão, poderá aumentar o grau de importância de nossa cidade no cenário nacional e internacional. Mas afinal, o que falta para que o discurso saia do papel e comece a produzir os resultados esperados? Faltam iniciativas, decisões, pressa. Por mais que a máquina pública seja lenta, burocrática e por mais que estejamos tratando de ações governamentais, sempre é possível acelerar os processos. Tudo é questão de prioridades e de atitudes.

O movimento para que a estação aduaneira fosse implantada em Três Lagoas começou em 2009, depois que a Fibria deu início ao seu projeto com a primeira linha de produção de celulose do local. O município que já contava com um distrito industrial bastante desenvolvido, e, dessa forma, exportador significativo do setor têxtil e siderúrgico, passou também a exportar grande volume de celulose. O problema é que até hoje, o porto seco não saiu do papel.

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De acordo com os representantes da Receita Federal, a estratégia mais adequada para agilizar a abertura de um edital de licitação para a Estação Aduaneira Interior de Três Lagoas seria a definição, por parte do poder público, de uma área para ser doada à União, o que já foi feito. Assim, o que se espera é agilidade por parte de quem tem o dever e o poder de trabalhar para tirar as palavras do papel e inserir nossa cidade na rota dos grandes negócios.

De acordo com a Receita Federal, Porto seco ou Estação Aduaneira Interior (EADI) é um terminal intermodal terrestre diretamente ligado por ferrovia, rodovia e, em alguns casos, também aeroporto. Sua vantagem é proporcionar mais rapidez no processo de desembaraçamento aduaneiro das operações de exportação e importação.

Os portos secos possuem instalações para armazenamento e consolidação de mercadorias, manutenção de transportadores rodoviários ou ferroviários de carga, além dos serviços de desalfandegamento. Com o uso dos portos secos, as mercadorias exportadas já chegam aos portos marítimos prontas para o embarque, enquanto que no caso das importações pode-se tirar as mercadorias dos portos marítimos mais cedo, onde a armazenagem custa substancialmente mais caro. Assim, o que esperamos é que os bons exemplos da iniciativa privada possam estimular nas autoridades o desejo de fazer. O porto seco de Três Lagoas é um projeto relevante para o desenvolvimento econômico e social da nossa terra.

 

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