Eleitos com votos de Três Lagoas, deputados e senadores só se lembram da cidade na eleição

Os oito deputados federais e os dois senadores eleitos para representar Mato Grosso do Sul na Câmara e no Senado Federal, respectivamente, tiveram votos em Três Lagoas nas eleições de 2010. Apesar disso, esqueceram que a cidade existe, ao não apresentarem nenhuma emenda específica para Três Lagoas no Orçamento Geral da União para 2013.

Ao que tudo indica, os representantes “Copa do Mundo” (só aparecem na cidade a cada quatro anos para pedir votos aos eleitores) parecem que esqueceram Três Lagoas, ou acham que a cidade tem condições de “caminhar com as próprias pernas”, sem a necessidade de recurso federal para executar as obras e demais atividades necessárias para o desenvolvimento do município.

Das 15 emendas coletivas apresentadas pela bancada Sul-mato-grossense, no valor de R$ 1,8 bilhão, apenas três são genéricas. Essas, por sua vez, devem ser investidas em apoio ao transporte escolar para a Educação Básica (R$ 100 milhões); no aparelhamento e reforma de unidades públicas de saúde (R$ 200 milhões) e no fomento à produção pesqueira e aquícola do Estado (R$ 100 milhões), com a aquisição de máquinas e equipamentos.

Ainda assim, para que Três Lagoas tenha direito de parte desse recurso de emendas genéricas, é necessário que a Prefeitura apresente projetos voltados para essas três áreas. Segundo o senador Waldemir Moka, coordenador da bancada sul-mato-grossense, essas emendas são genéricas para que possam beneficiar municípios que apresentem projetos viáveis, dentro do prazo estipulado pelos ministérios.

Os três senadores e os oito deputados federais elencaram as áreas da saúde, infraestrutura, educação e transporte, como manutenção de rodovias e projetos de mobilidade urbana, como prioritárias para receberem os recursos de emendas coletivas. Para Campo Grande e Dourados, por exemplo, foi apresentada uma emenda no valor de R$ 100 milhões para cada município investir no apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano  – Obras e Ações de Apoio à Mobilidade Urbana e Trânsito Motorizado.

Enquanto isso, Três Lagoas, cidade com grandes problemas de mobilidade urbana e de trânsito, não receberá nenhum recurso do governo federal para investir nesse setor. A cidade carece da abertura de novas vias e corredores especiais de uso que deem acesso ao perímetro urbano. É impossível executar esse tipo de obra apenas com recursos municipais.