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Aeronautas defendem mudanças na lei sobre trabalho de pilotos

Instiuição alega que vem lutando pela aprovação de uma nova legislação desde 2011

Sindicato de aeronautas defende legislação trabalhista para pilotos que leve em conta fatores humanos -  Arquivo/Agência Brasil
Sindicato de aeronautas defende legislação trabalhista para pilotos que leve em conta fatores humanos - Arquivo/Agência Brasil

O Sindicato Nacional dos Aeronautas defendeu, por meio de nota, a necessidade de ser aprovar o mais rápido possível o Projeto de Lei 8.255 de 2014, em tramitação no Congresso Nacional, que trata da legislação trabalhista dos pilotos e comissários de bordo, como forma de se evitar tragédias como a que causou a morte de Eduardo Campos e mais seis pessoas, em 13 de agosto de 2014.

A entidade justificou que essa urgência fica evidente no resultado das investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). De acordo com o relatório do Cenipa, um dos fatores que contribuíram para o acidente aéreo foi a fadiga dos pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha, embora isso não tenha sido determinante.

“O fato de o acidente com Eduardo Campos ter tido a fadiga dos pilotos como um dos fatores contribuintes só aumenta a necessidade de celeridade na aprovação da nova Lei do Aeronauta, em nome da segurança das operações aéreas”, defende o sindicato.

Nova legislação

A instiuição alega que vem lutando pela aprovação de uma nova legislação desde 2011 que incluam práticas já adotadas em outros países, como o gerenciamento do risco de fadiga humana. De acordo com a entidade, a lei em vigor no Brasil tem mais de 30 anos e não leva em consideração os fatores humanos.

A proposta em tramitação no Congresso foi elaborada com base em estudos e pareceres de especialistas em aviação civil no mundo e, no momento, está sob análise da Comissão de constituição, Justiça e Cidadania.

"É sempre importante aguardar o fim das investigações em casos de acidente para evitar conclusões precipitadas e equivocadas, como foi o caso envolvendo os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha”, afirma a entidade. Para o sindicato, ambos estavam com licenças válidas para aquela aeronave como foi constatado, na época, pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). (Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil)