A massa falida do Banco Santos deve distribuir, em breve, R$ 270 milhões a 1.982 credores da instituição. Cada um deles receberá 10% do total de seus créditos. Ainda que o valor seja modesto se comparado à dívida acumulada pela instituição — que em valores corrigidos chega a R$ 3,19 bilhões —, trata-se de um feito raro em processos de falência, que costumam ser encerrados mais de uma década depois sem que tenham sido pagos sequer os débitos trabalhistas.
O rateio do dinheiro já recuperado teve o aval da Justiça de São Paulo, mas a distribuição aos credores será feita quando o prazo para a interposição de recursos contra a decisão terminar, o que deve acontecer em meados de janeiro, por conta do recesso do Judiciário.
Do total de R$ 584,9 milhões que a massa falida tem hoje em caixa, parte está reservada a bancos estrangeiros, que pedem a restituição de valores decorrentes de contratos de câmbio, e parte refere-se ao pagamento de uma dívida da Eletropaulo com o banco e que ainda não será distribuída porque é objeto de disputa judicial. As dívidas tributárias, de R$ 50 milhões, e trabalhistas, de R$ 1 milhão, já foram quitadas.