Mato Grosso do Sul se destaca no fomento à ocupação produtiva, com 37,4% dos custodiados do sistema prisional inseridos em atividades laborais, acima da média nacional de 19,28%, conforme último levantamento divulgado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
O resultado é fruto de parcerias da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) com empresas e organizações públicas que enxergam nesse segmento uma oportunidade social de ajudar a reduzir os índices de reincidência criminal, ao mesmo tempo em que diminui custos para o seu negócio.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio do Depen, concedeu o Selo Nacional de Responsabilidade Social pelo Trabalho no Sistema Prisional – Resgata, para 372 empresas que atenderam a todos os requisitos exigidos. Houve um aumento de 232% de instituições que receberam o Selo desde o primeiro Ciclo em 2018, quando houve a certificação de 198 instituições.
A empresária May Arakaki, proprietária da Shalom Bolos Caseiros é uma das profissionais que se prontificaram a colaborar com a reinserção de egressas do sistema prisional de Campo Grande. Ela relata que o projeto já ajudou cerca de 10 mulheres, que por algum motivo, se envolveram na criminalidade. "Por conta da pandemia, apenas uma funcionária trabalha na empresa atualmente, mas seguimos colhendo frutos de um trabalho cheio de carinho que foi iniciado há um ano e meio em parceria com a Agepen", afirma.