A instalação de indústrias, em Três Lagoas, não representou apenas a geração de empregos, recolhimento de impostos e a entrada da cidade no ranking das maiores exportadoras do país. Na outra ponta dos fatores positivos, a escalada da violência é marca profunda na vida de uma comunidade em formação, mesclada por brasileiros de todas as regiões do país e por imigrantes que também viram na cidade uma oportunidade de ganhar dinheiro.
E é superando, por exemplo, essa adversidade do progresso que Três Lagoas “sobrevive” como um dos municípios mais atraentes para investimentos. O Jornal do Povo noticiou, em 2017, o levantamento anual da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) que classificava a cidade entre as 10 mais fortes para retorno de investimentos – em indústrias, principalmente. A lista ainda continha grandes cidades dos estados de São Paulo, Rio e Paraná, e médias de Minas Gerais e da Bahia.
A classificação teve melhora considerável em comparação as que foram divulgadas em 2012 e em 2015 – de um grupo de 100 para um dez vezes menor.
“O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal é um estudo do Sistema Firjan, que acompanha anualmente o desenvolvimento socioeconômico dos mais de cinco mil municípios brasileiros. Entre os quesitos acompanhados, estão: Emprego e Renda, Educação e Saúde”, diz trecho de reportagem publicada em 2015.
E não foi só sobre desenvolvimento da iniciativa privada que Três Lagoas ganhou posições. Em publicação feita em 2012, o Jornal do Povo destaca trecho de avaliação de gestão pública fiscal divulgada pela Firjan sobre os índices de municípios sul-mato-grossenses. “Três Lagoas ficou na segunda posição entre os municípios de Mato Grosso do Sul com o melhor Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF). O objetivo da instituição, é avaliar a qualidade da gestão dos municípios brasileiros, por meio de pesquisa e rankings. O indicador é baseado nos dados de 2010”, diz publicação.
PORTO SECO
A escolha de Três Lagoas para sediar uma estação aduaneira – que ocorreu em 2015 – é resultado da industrialização da cidade, iniciada na década de 1980. A Secretaria da Receita Federal considerou diversos fatores para a escolha – uma delas foi a concentração de fábricas de segmentos variados, sendo muitas com capacidade de exportação.
Um ano depois da escolha, a Receita autorizou a concessão do serviço à iniciativa privada e, até hoje, aguarda definições sobre sua instalação.
