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Painel inédito sobre pessoas idosas é lançado em MS

Ferramenta interativa reúne dados atualizados sobre envelhecimento, saúde, moradia e violação de direitos nos 79 municípios do estado

Lançamento da plataforma foi realizado na quarta-feira (30) Foto: Reprodução/ Governo de MS
Lançamento da plataforma foi realizado na quarta-feira (30) Foto: Reprodução/ Governo de MS

Uma plataforma inédita com informações detalhadas sobre a população com 60 anos ou mais no estado e nos 79 municípios sul-mato-grossenses foi lançado na quarta-feira (30), pelo Observatório da Cidadania de Mato Grosso do Sul (OCMS).

O painel de pessoas idosas reúne indicadores sobre alfabetização, envelhecimento e expectativa de vida, trabalho, condições de moradia, doenças virais e violações de direitos humanos, com base em dados do IBGE, DATASUS e Disque 100.

De forma visual e dinâmica, o painel permite conhecer a realidade da população idosa e promover o debate sobre políticas públicas voltadas a esse público.

“O Brasil e o Mato Grosso do Sul estão envelhecendo. Precisamos nos conscientizar dessa realidade e identificar as necessidades que ainda precisam ser atendidas. O envelhecimento é um processo que atravessa gerações e exige escuta e compromisso coletivo”, destaca o coordenador do OCMS, professor Samuel Oliveira.


População idosa cresce e é majoritariamente feminina

De acordo com as informações, hoje, cerca de 14,2% da população sul-mato-grossense tem 60 anos ou mais, com predomínio de mulheres: 53,6% do total.

Entre 2010 e 2022, o número de pessoas idosas passou de 239,3 mil para 391,1 mil. Os grupos autodeclarados pretos, pardos e brancos foram os que mais cresceram proporcionalmente, com aumento de até 77,5%.


Alfabetização e envelhecimento com recorte étnico

Outro indicativo aponta a taxa de alfabetização entre idosos em Mato Grosso do Sul. Atualmente 94,61% de pessoas com mais 60 anos é alfabetizada. No entanto, apenas dez municípios superam essa média, entre eles Campo Grande, Chapadão do Sul e Corumbá.

Entre 2010 e 2022, o índice de envelhecimento no estado cresceu de 39 para 64 idosos para cada 100 jovens com até 14 anos. A população preta apresenta o maior índice de envelhecimento, acima da média nacional.


Mulheres vivem mais, mas enfrentam desafios na longevidade

Na comparação entre os gêneros, as mulheres vivem, em média, quatro anos a mais que os homens em MS. A taxa de mortalidade é estável entre os 60 e 89 anos, mas salta para mais de 20 mil óbitos por 100 mil habitantes entre pessoas com 90 anos ou mais.


Mercado de trabalho e moradia: dados revelam desigualdades

Em 2024, houve redução líquida de 2.413 postos de trabalho formais para pessoas com 65 anos ou mais. Além disso, mais de 40 mil idosos vivem em imóveis alugados, e cerca de 124 mil não têm banheiro em casa. A maioria dessas pessoas é autodeclarada parda.


Saúde: faixa de 60 a 64 anos é a mais vulnerável a Dengue e Zika

O painel também traz dados sobre doenças como COVID-19, Influenza, Dengue e Zika. A Influenza foi a que mais afetou os idosos em 2024, e a faixa etária entre 60 e 64 anos concentrou os casos de Dengue e Zika.


Violações de direitos e rede de apoio

Mais de 67% das vítimas de violações de direitos humanos contra idosos no Brasil são mulheres. Em MS, os dados seguem o padrão nacional, com maior número de casos entre 70 e 74 anos. O estado conta com 58 Conselhos Municipais da Pessoa Idosa, mas 8 estão inativos e 13 municípios não possuem Fundo Municipal.


Acesse o Painel das Pessoas Idosas

Os dados estão organizados em seções temáticas com gráficos interativos e fáceis de entender. Para consultar as informações completas dos 79 municípios, acesse do Observatório da Cidadania.