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Três Lagoas

Parque das Lagoas

Leia editorial do Jornal do Povo deste sábado

Editorial do Jornal do Povo aborda parque das lagoas - Divulgação
Editorial do Jornal do Povo aborda parque das lagoas - Divulgação

Há tempos na administração da ex-prefeita Simone Tebet foi elaborado  projeto de urbanização e integração das três lagoas. A proposta da municipalidade era utilizar recursos financeiros oriundos de compensação ambiental, recolhidos aos cofres do Imasul. Entretanto, o próprio Imasul criou obstáculos porque entendeu que esse dinheiro somente poderia ser investido no Parque do Pombo, reserva ambiental do município instituída na época da administração da ex-prefeita, hoje senadora da República.

Essa decisão do Imasul inviabilizou a execução da proposta, que previa desapropriação de algumas áreas e execução de obras que interligariam as lagoas. Aliás, é de se lembrar que Três Lagoas acabou sendo prejudicada porque o Imasul liberou parte destes recursos para serem utilizados em outros projetos do governo estadual em Campo Grande, quando deveriam ser aplicados no município de Três Lagoas, que foi impactado ambientalmente pelas fábricas de celulose com o dinheiro por elas recolhidos para providências de mitigação ambiental.

Agora a prefeitura de Três Lagoas anuncia que pretende urbanizar as duas primeiras lagoas, as quais emprestam entre as três, o nome à nossa cidade. Muito louvável essa providência da atual administração, que objetiva preservá-las e facilitar para a população o acesso às mesmas, já que estão inseridas no perímetro urbano da cidade, mas praticamente escondidas. Integrá-las ao perímetro urbano, criando dois novos pontos de atração turística na cidade como é a Lagoa Maior é uma excelente ideia.

Mas, certamente a administração municipal não pode abandonar a pretensão de exigir do governo estadual o dinheiro que porventura esteja sob sua guarda através do Imasul destinado à Três Lagoas. Pois, trata-se de iniciativa de conservação ambiental, que colocada em execução enriquecerá a urbanização da cidade, que caminha para melhorar e muito os índices de qualidade de vida da população. No afã de equacionar esta questão, está pretendendo a administração municipal propor que estas áreas deixem de ser consideradas áreas de conservação ambiental. Esse, talvez um grande equivoco. Como estamos prestes a ver instalado um novo governo no Estado a partir de 1 de janeiro, certamente a municipalidade deveria tentar mais uma vez reaver os recursos financeiros recolhidos ao cofres do Estado para fins de mitigação ambiental devido à Três Lagoas, em vez de descaracterizar essas áreas como de conservação ambiental.