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MACROECONOMIA DO AGRO

Câmbio, petróleo e biodiesel: como o dólar a R$ 5,27 mexeu com soja e proteínas

Dólar a R$ 5,27 e petróleo impactam complexo soja e proteínas; veja os efeitos na formação de preços. Conhe;a os motivos!

Terminal de tanques e dutos ao pôr do sol, referência a combustíveis e óleos vegetais.
Câmbio e energia: combinação que redimensiona margens no agro exportador. Foto: Gerada por IA | Adriano Hany

O programa apontou a queda de 0,62% do dólar, que fechou em R$ 5,27 na sessão anterior, e relacionou esse movimento ao quadro de petróleo, bolsas e ao impasse de financiamento do governo dos EUA (com proposta de prorrogação discutida no Senado). Essa combinação balançou custos e expectativas, alcançando o complexo soja e as proteínas.

Quando o petróleo oscila, os óleos vegetais (como óleo de soja e óleo de palma) sofrem reflexos, já que integram a matriz de biodiesel. Assim, mudanças de preço e sinalizações de política podem reprecificar spreads e mudar bases.

Ao mesmo tempo, o dólar mais fraco reduz a receita em reais nos produtos exportáveis (soja, carnes de bovinos, suínos e frangos). Logo, mesmo com fundamentos positivos, a conversão cambial pode aparar parte do ganho doméstico.

Impacto da Soja e Proteínas

No caso da soja, o efeito ocorre em três frentes citadas no programa: câmbio, prêmio nos portos e Chicago. A pressão em uma dessas pontas pode reajustar a conta final para o produtor. Já nas proteínas, a competitividade externa continua relevante, porém o valor em reais entregue ao frigorífico responde ao câmbio.

Recomendações Táticas para Comercialização

Para quem comercializa, o recado foi tático: acompanhar o fluxo diário de prêmios e de dólar, avaliar janelas e lotes e não perder oportunidades de fixação quando as três variáveis alinham.