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ENTREVISTA

Cooperativismo de crédito impulsiona inclusão financeira e fortalece economia em Campo Grande

Em entrevista à Massa FM, o gerente de marketing do Sicredi Campo Grande, Gabriel Moro, destacou o papel das cooperativas na geração de prosperidade e no desenvolvimento local

Campo Grande, o Sicredi reúne mais de 110 mil associados - Foto: Reprodução/Sicredi Campo Grande
Campo Grande, o Sicredi reúne mais de 110 mil associados - Foto: Reprodução/Sicredi Campo Grande

No Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), celebrado nesta quinta-feira (16), o Brasil se uniu a mais de 117 países para destacar o papel dessas instituições no fortalecimento econômico e social das comunidades.

Gabriel Moro nos estúdios da Massa FM Campo Grande – Foto: Fernando de Carvalho/Portal RCN67

O tema definido pelo Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (WOCCU) em 2025 — “Cooperação por um mundo próspero” — busca reforçar o compromisso global do cooperativismo com a inclusão financeira e o desenvolvimento sustentável.

Durante entrevista ao programa Tarde da Massa, da Massa FM Campo Grande, o gerente de marketing do Sicredi Campo Grande, Gabriel Moro, explicou como o modelo cooperativo se tornou uma alternativa viável para a gestão financeira das pessoas e o crescimento de pequenas comunidades.

“O cooperativismo de crédito é um dos ramos que mais cresce no mundo. Hoje, no Brasil, pelo menos 12% da população é associada a uma cooperativa de crédito. No Sicredi, já são mais de 8,5 milhões de associados, com 3 mil pontos de atendimento, e em mais de 200 cidades somos a única instituição financeira presente”, destacou.

Expansão e impacto regional

Em Campo Grande, o Sicredi reúne mais de 110 mil associados, o que coloca a capital como a cidade com o maior número de cooperados do país. Moro lembrou que, mesmo com a forte presença na região, há municípios brasileiros onde o cooperativismo é a única forma de acesso a crédito e serviços financeiros.

“Tem muita cidade com dois ou três mil habitantes em que um banco comum não consegue se manter. Já uma cooperativa de crédito, por sua estrutura e propósito, consegue se instalar, operar e gerar desenvolvimento local”, explicou.

Um estudo citado pelo gerente, desenvolvido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), aponta que municípios com cooperativas de crédito registram aumento de até 15% no PIB local e crescimento na geração de empregos formais.

“Onde há cooperativas, há mais desenvolvimento, mais empregos e mais negócios. É um modelo que impulsiona o crescimento das cidades e melhora a qualidade de vida das pessoas”, observou Moro.

Investimento social e sustentabilidade

De acordo com o entrevistado, o Sicredi investiu mais de R$ 400 milhões em programas sociais e educacionais em 2024, o equivalente a R$ 1 milhão por dia. Os recursos, segundo ele, permanecem nas comunidades onde são gerados, fortalecendo a economia regional e incentivando a cooperação.

“O dinheiro que circula aqui não vai para uma sede em São Paulo ou no exterior. Parte do resultado é reinvestida em programas sociais e outra parte é distribuída aos associados. Isso gera prosperidade e movimenta a economia local”, afirmou.

Ano Internacional das Cooperativas

A entrevista também destacou que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, pela segunda vez na história — a primeira havia sido em 2012.

O reconhecimento global, segundo Moro, reforça a relevância do cooperativismo na construção de economias mais solidárias.

“Quando você compra de uma cooperativa, está ajudando a distribuir renda e fortalecer a agricultura familiar. O cooperativismo é uma forma de promover uma economia mais justa e humana”, concluiu.

Confira a entrevista na íntegra: