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ECONOMIA

Exportações de MS chegam a US$ 7,24 bi com carne bovina em alta de 43,7% e China na liderança

Celulose segue na liderança, mas carne fresca já soma US$ 1,09 bilhão no acumulado do ano

China concentra 46,7% das exportações de MS - Reprodução/Governo de MS
China concentra 46,7% das exportações de MS - Reprodução/Governo de MS

Mato Grosso do Sul exportou US$ 7,24 bilhões entre janeiro e agosto de 2025, crescimento de 3,26% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a Carta de Conjuntura do Comércio Exterior, o saldo da balança comercial atingiu US$ 5,53 bilhões, avanço de 8,4% em um cenário de retração nas importações, que caíram 10,7% e somaram US$ 1,66 bilhão.

A celulose manteve a liderança da pauta, com 29,9% de participação, seguida pela soja em grão (27,2%) e pela carne bovina fresca (15,07%). O destaque ficou para a proteína bovina, que registrou alta de 43,7% frente a 2024, consolidando o papel do setor frigorífico na abertura de mercados e diversificação de destinos, mesmo diante da tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos.

Mesmo com a queda de 61% nas vendas para os EUA em agosto, puxada por retrações na celulose e na carne bovina, os frigoríficos redirecionaram a produção e mantiveram o crescimento no acumulado do ano.

Somente em agosto, a China importou US$ 91 milhões em carne bovina, mantendo-se como principal destino. O Chile comprou US$ 16,4 milhões, o México US$ 11,8 milhões, enquanto os EUA adquiriram US$ 7,6 milhões, ficando atrás de parceiros emergentes.

Além da carne, outros produtos ampliaram espaço, como o minério de ferro, com alta de 32,8%, e a categoria “outros produtos” (resíduos vegetais, sucatas e desperdícios), que disparou 806% em valores exportados.

No acumulado, a China absorveu 46,7% das exportações do estado, seguida por Estados Unidos (5,4%), Itália (3,8%) e Argentina (3,5%). A Argélia chamou atenção ao registrar crescimento de 44,7% frente a 2024.

Nos portos, Santos concentrou 39,2% das vendas externas de Mato Grosso do Sul, à frente de Paranaguá (32,6%) e São Francisco do Sul (11,6%). O corredor da Rota Bioceânica também mostrou avanço, com Corumbá exportando 6,2 mil toneladas até agosto, alta de 58,1%, e Porto Murtinho crescendo 162%, com 370 toneladas.